Clima em junho marca o início do inverno climático no Brasil e traz mudanças importantes no comportamento das temperaturas e da chuva em diversas regiões do país.
Este período, que se estende por junho, julho e agosto, é historicamente conhecido por noites geladas, maior incidência de geadas e até episódios de neve, especialmente no Sul.
Em 2025, o clima em junho será influenciado por diversos fatores atmosféricos que vão impactar as temperaturas e os volumes de precipitação em todas as regiões brasileiras, com destaque para o Sul.
Junho também é o segundo mês mais frio do ano em Porto Alegre, com temperatura média de 14,8°C, atrás apenas de julho. A mínima média na capital gaúcha é de 11,3°C, enquanto a máxima média gira em torno dos 20,3°C. Já a precipitação mensal esperada é de 130,4 mm — a quarta maior do ano.
Inverno climático começa em junho, mas o frio intenso será limitado
Embora o mês seja reconhecido historicamente como um dos mais frios do ano, a projeção para o clima em junho de 2025 não indica um frio rigoroso como já se observou em anos anteriores, como em 2016.
Modelos climáticos internacionais — como o europeu ECMWF e o norte-americano CFS — divergem sobre a previsão de temperatura, mas a expectativa predominante é de temperatura dentro ou acima da média, especialmente no Centro-Oeste e no Sudeste.
Clima em junho
Segundo a MetSul Meteorologia, a primeira metade de junho será mais fria, com destaque para incursões de ar polar fraco.
Já a segunda quinzena terá tardes mais agradáveis e até quentes, principalmente no interior do Sudeste e no Centro-Oeste. O frio noturno ainda será uma constante, mas haverá redução no número de madrugadas com mínimas negativas.
Previsão de chuva: volumes elevados no Sul e no Sudeste
O comportamento das chuvas também é afetado pelo clima em junho. Este mês costuma marcar a transição para a estação seca no Centro do Brasil, enquanto no Sul ocorre um aumento das precipitações devido à atuação de frentes frias, quentes e centros de baixa pressão.
Em 2025, os dados indicam chuva acima da média no Paraná e em Santa Catarina, impulsionada por sistemas que se originam no Paraguai e no Nordeste da Argentina.
No Rio Grande do Sul, a expectativa é de chuvas próximas ou abaixo da média, especialmente no Oeste, Centro e Sul do estado.
No restante do país, há previsão de precipitações acima da média para áreas como o Mato Grosso do Sul, partes de Minas Gerais, São Paulo e o Rio de Janeiro, mesmo sendo um mês tipicamente seco nessas regiões.
Comparativo histórico: junho está mais quente e a chuva praticamente não mudou
A comparação entre as normais climatológicas de 1961–1990 e 1991–2020 mostra que o clima em junho ficou mais quente em Porto Alegre, com elevação da média mínima de 10,7°C para 11,3°C e da máxima de 19,2°C para 20,3°C.
Já o volume de chuva variou pouco, mantendo-se entre os mais elevados do ano. Isso confirma uma tendência de aquecimento climático nas últimas décadas, ainda que o inverno gaúcho permaneça relativamente frio.