Colheita da safra de arroz encaminha-se para o final
As chuvas ocorridas paralisaram a colheita dos grãos de verão de forma momentânea. Nesse último período, a colheita avançou para 91% da área no arroz, 83% na soja, 66% no milho e 43% no feijão 2ª safra.
De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, as lavouras de feijão 2ª safra são as que mais preocupam os produtores, caso permaneçam as baixas temperaturas, uma vez que ainda restam um total de 6% em floração, além de 25% em fase de formação de grãos e enchimento de vagens.
Considerando-se todas as culturas em andamento, as produtividades obtidas também não modificaram o padrão observado anteriormente, não havendo motivos para alteração na produção esperada para esta safra.
É bem possível, entretanto, que pequenos ajustes finais sejam realizados até o encerramento, daqui a alguns poucos dias, porém sem grande significância.
Milho
No milho, apesar de alguns problemas localizados em lavouras plantadas muito tardiamente, ou mesmo fora de época recomendada, a ocorrência de frio não preocupa, pois o percentual de lavouras em fase crítica é pequeno (1%).
A umidade instalada após as chuvas beneficia a recuperação das pastagens e deu condições de continuidade na sua implantação, em especial do azevém e da aveia. É cada vez mais perceptível o declínio das pastagens estivais, assim como a redução de qualidade do campo nativo.
Os trabalhos de elaboração de silagem também estão próximos de sua conclusão. Na região da Campanha, a redução da temperatura favorece o controle natural das populações de endo e ectoparasitas. A estiagem antecipou o declínio do campo nativo na região, e a redução no seu rendimento já reflete uma diminuição no crescimento do rebanho.
A demanda por sementes está aquecida, o que tem elevado os preços a ponto de dobrar o valor das leguminosas, trevo e cornichão.
O preço médio do leite valorizou, na semana 1,67%, segundo registrou a pesquisa da Emater/RS-Ascar, passando de R$ 0,60 para R$ 0,61 o litro. Os preços mínimo e máximo não apresentaram variação, mantendo-se, respectivamente, em R$ 0,52 e R$ 0,76 o litro. O aumento reflete, em parte, a menor oferta do produto em decorrência do início do período de entressafra, quando há tendência de decréscimo na produção.
Olerícolas e frutas
A semana foi de condições meteorológicas benéficas, com boas precipitações e também com dias ensolarados, à exceção de pequenas geadas que se formaram em algumas áreas do Estado, mas sem relatos de problemas até o momento.
Os agricultores intensificaram os tratos culturais, aproveitando o retorno da boa umidade no solo.
As altas temperaturas vêm favorecendo o desenvolvimento da lavoura de tomate na região Serrana, que mantém um bom estado fitossanitário. O avanço da colheita segue de maneira normal, já tendo ultrapassado seu pico de comercialização. Neste momento, os preços continuam muitos bons, embora apresentando uma ligeira queda. A variedade longa vida está com valor médio de R$ 32,00 a caixa; a variedade saladete, com R$ 33,00/cx; e a gaúcho, com R$ 35,00/cx. Em Barra do Quaraí, Fronteira Oeste do RS, a produção de tomate em estufa encontra-se em final de maturação e início de colheita.
A colheita da safra de kiwi e sua comercialização atingiram o pico nesta semana. A produção vem mantendo boa qualidade e apresentando ótima sanidade. A produtividade também se mantém acima da média, o que explica, em parte, o tamanho menor das frutas em relação ao das últimas safras.
Restam 30% da produção para serem colhidos, e a cotação média na propriedade está em R$ 1,00/kg.