Colômbia adere a Conselho de Defesa Sul-americano
Após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na capital Bogotá, o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, disse ontem (19) que aceita ingressar no Conselho de Defesa Sul-americano. Proposto pelo Brasil, o Conselho Sul-Americano de Defesa seria responsável pela formulação de uma estratégia conjunta da região no que se refere à defesa. As informações são da BBC Brasil.
Segundo a agência, o presidente colombiano condicionou sua adesão a três aspectos: a tomada de decisões por consenso, a participação exclusiva das forças institucionais dos países membros e, por último, a exigência de que todos os países condenassem as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Uribe fez as declarações em entrevista coletiva ao lado do presidente Lula e do ministro da Defesa brasileiro, Nelson Jobim, que, por sua vez, disse que o Conselho aceita as condições colocadas pelo presidente colombiano.
Durante a entrevista coletiva, Uribe disse que conta com o governo brasileiro para mediar um acordo de paz com as Farc: “Estou certo que no dia em que as Farc quiserem negociar de boa fé, todos nos apoiariam, começando pelo presidente Lula e todo o governo do Brasil”. Na ocasião, o presidente brasileiro voltou a afirmar a postura do Brasil frente às negociações com as Farc: “O Brasil só moverá um dedo para fazer qualquer coisa se a Colômbia autorizar”.
A adesão da Colômbia ao Conselho Sul-americano de Defesa ocorre depois da assinatura de acordos de cooperação nas áreas de Defesa entre Brasil e Colômbia. O presidente Lula fica na Colômbia até hoje (20), quando participa de ato que comemora a independência do país – o governo local estima que 1,05 mil municípios farão manifestações para comemorar e pedir a libertação de todos os reféns em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).