Com desfaçatez!

Findo o pleito. Proclamados os vencedores. Feitos os discursos, pungentes e emocionados, a classe dominante, começa abertamente com a legitimidade do voto a trabalhar para estabelecer os primeiros passos no saque ao povo, cujo produto  sustentará a sua atuação em mais uma quadra da vida brasileira.

Explico para os meus sete ou oito leitores que me refiro ao primeiro ataque da guerra que perderemos e que está representado pela volta da CPFM tida como a única e exclusiva maneira de salvar-se a SAÚDE do país. Sabemos, na verdade, que ela se constituirá em mais um instrumento compulsório para financiar os privilégios dos políticos desta pátria, em todos os níveis… E o que mais humilha o brasileiro pensante é a cara de boas intenções que fazem os políticos para se livrarem da paternidade da proposta.

A presidente eleita disse que é um pleito dos governadores. O Sarney, disse que se for um “clamor” dos governadores,  o Senado vai ter que capitanear a defesa da CPMF. Isto alivia a presidente e afrouxa a  “ tensão” dos governadores. Quer dizer: a Classe dominante estabelece um pacto para salvaguardar-se da possibilidade, mesmo que remota, de uma revolta do povo.

O Sarney possuído de “coragem”  e na defesa da presidente e dos governadores, compra a idéia. Ele tem condições e desfaçatez, para isto. Saiu ileso de outras situações, muito piores. Vai sair desta como defensor dos pobres e desvalidos!Para  classe empresarial e trabalhadora que produz a riqueza deste país ficará  a certeza de que sempre sairão perdendo.

O empresário que corte  investimentos e  altere as previsões de despesas, para maior,nos próximos anos.

O trabalhador que reduza o tamanho das panelas! Com certeza os políticos,  de todos os níveis, na mais serena desfaçatez, estarão alterando suas previsões de receitas que, aumentadas, permitiram ampliar a relação dos convidados para os seus  banquetes… seculares!!!