Com mais mortes: RS entra em situação de emergência devido à dengue
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), assinou um decreto de situação de emergência após o estado registrar 20 mortes causadas pela dengue em 2024.
O texto será publicado na edição de quarta-feira (13) do Diário Oficial.
Nesta terça-feira, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) confirmou mais três óbitos. Todas as vítimas já tinham doenças pré-existentes.
Uma das vítimas é uma mulher de 58 anos, residente em São Leopoldo, na Região Metropolitana.
As outras mortes ocorreram no Noroeste do estado. Em Santa Rosa, uma mulher de 81 anos faleceu, enquanto em Iraí, um homem de 76 anos foi vítima da doença.
O Rio Grande do Sul já contabiliza 17,7 mil casos de dengue confirmados até o momento.
Novo Hamburgo, na Região Metropolitana, lidera com o maior número de registros, somando 2,9 mil casos.
Santa Rosa, com três mortes no ano, já registrou 1,7 mil casos. São Leopoldo e Iraí têm, respectivamente, 1,3 mil e 392 casos confirmados.
Nota Pública: AMRIGS e SGI alertam para epidemia de dengue no RS e orientam a população
A Associação Médica do Rio Grande do Sul (AMRIGS) e a Sociedade Gaúcha de Infectologia (SGI) emitiram uma Nota Pública conjunta para alertar a população sobre a epidemia de dengue no estado e oferecer orientações sobre prevenção e sintomas da doença.
De acordo com as entidades, o aumento alarmante dos casos de dengue no Rio Grande do Sul levou ao decreto de situação de emergência. Com vinte mortes registradas pela doença até o momento em 2024, medidas preventivas urgentes são necessárias para conter a propagação do vírus.
A Dra. Rafaela Mafaciolli, infectologista e diretora de Comunicação da SGI, ressalta que a situação configura uma epidemia de dengue, exigindo ações imediatas para conter a propagação do vírus.
A Nota Pública oferece orientações sobre como identificar os sintomas da dengue e diferenciá-los de outras infecções, destacando a importância da consulta médica em casos de suspeita. Além disso, são enfatizadas medidas preventivas, como a eliminação de possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, uso de repelentes e vacinação disponível em clínicas privadas.
O presidente da AMRIGS, Dr. Gerson Junqueira Jr., alerta para os riscos da automedicação e enfatiza a importância da prevenção e do manejo adequado dos pacientes infectados.
A dengue pode variar desde uma doença assintomática até quadros graves, como hemorragia, podendo causar morte. Os sintomas incluem febre alta, dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos e erupções cutâneas. Em caso de suspeita, é fundamental buscar atendimento médico.
A AMRIGS é uma organização sem fins lucrativos que promove a atualização do conhecimento técnico-científico e debates relacionados à saúde e à Medicina. Desde sua fundação em 1951, a AMRIGS tem como objetivo fomentar a ciência e a cultura médica, promover a defesa profissional e fortalecer o associativismo médico.
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