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Com o fim da redução do IPI, carro flex deve ficar mais caro, segundo Fenabrave

Comprar um carro flex ou movido a álcool deverá ficar até 2,5% mais caro a partir de hoje (1º), primeiro dia após o fim da redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), segundo estimativa do presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Sérgio Reze.

A redução do IPI sobre veículos foi uma das medidas tomadas pelo governo para conter a crise financeira internacional. A desoneração sobre os carros flex deveria ter acabado em dezembro passado, mas foi prorrogada para manter o mercado aquecido.

O ligeiro aumento de preço e as compras antecipadas deverão, de acordo com Sérgio Reze , desacelerar as vendas do próximo mês. “Deverá haver uma redução nas vendas, o que é natural devido a essa forte antecipação de compra.” No entanto, assinalou, a expectativa para este ano é de que as vendas de veículos leves cresçam em torno de 6,5%.

Em março, foram vendidos 337.381 automóveis e veículos leves, 60% mais do que as 211.335 unidades comercializadas em fevereiro. No acumulado do primeiro trimestre, o resultado de 2010 supera em 16,88% o resultado de 2009, totalizando 750 mil veículos vendidos.

O setor de móveis também foi beneficiado com a desoneração fiscal que acabou hoje. De acordo com o presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimovel, José Luiz Diaz Fernandez, o setor teve um crescimento de 14% de dezembro passado a fevereiro, impulsionado pelo benefício. “Estávamos com um quadro bastante negativo no setor. Isso alavancou o setor. Estávamos inclusive com previsão de demissões, o que acabou não se concretizando. Mantivemos e em algumas polos tivemos até contratações”, ressaltou.

Fernandez acredita que o fim do IPI reduzido não causará impactos imediatos para o consumidor, já que várias lojas estão realizando promoções e os estoques ainda estão abastecidos com produtos comprados sem o imposto. “Os estoques que estão nas lojas estão desonerados. Então, tem um tempo ainda até acabar os estoques das lojas”, avaliou.

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