Graças ao feriado prolongado que, junto a Semana Santa começou no dia 18 de abril e prolongou-se até hoje dia que o Brasil faz homenagens a Tiradentes nosso Mártir da Inconfidência Mineira, eu tive a felicidade de que minha filha Magda, viesse de Porto Alegre o meu filho Andre viesse de Lajeado de forma que se uniram ao meu filho Paulo e eu pude ter a oportunidade de estar, nesses dias, junto com meus filhos, minhas noras, meus netos e minha cunhada que mora na minha casa, de forma que a família toda esteve reunida.
Meus filhos e minhas nora me deram muitas alegrias, meus netos Arthur me deixou muito feliz ao, junto com seu pai Paulinho e com tio Déco, assar o modesto churrasco que fizemos no domingo, sem picanha, é claro…
Meu neto Davi de 10 anos e minha neta Rafaela de 9 anos foram, por suas brincadeiras e atividades constantes, os protagonistas, principais, destes dias especiais vividos em familia.
Na noite de Sexta Feira eles comunicaram, a todos nós,que iriam dormir no sofá da sala pois iam madrugar e não queriam acordar-nos com as atividades que iriam fazer.
Antes de me deitar assisti ao dois improvisarem, para dormirem, uma barraca em cima de um sofá, utilizando-se de cabos de vassoura, e lençóis.
Ligaram o despertador do celular para as 05.00 horas da manhã, pediram silencio e deitaram-se.
Seus comentários e risadas me fizeram acordar as 07:00 horas e ir ver o que eles estavam fazendo.
Ao chegar na sala, vi todas as janelas abertas e uma luminosidade impressionante que , tomava do ambiente.
Ao me verem correram para me dar um abraço duplo e a Rafaela me perguntou: Adivinhe vô porque nós madrugamos e o Davi arrematou quando adivinhares tu vais ficar muito feliz.
Diante de minha informação que eu não sabia razão de terem levantado mais cedo eles ficaram em silencio até que em conjunto me disseram: Vô nos vimos o nascer do sol. Pensamos em te chamar para ver conosco, mas como tu foi deitar nós te poupamos.
Quando me abraçaram eu já estava com lágrimas nos olhos e quando me disseram o motivo de terem se levantaram tão cedo, me “quebraram-se os vidros dos olhos” e eu não pude evitar que lágrimas molhassem, de forma abundante, o meu rosto e o deles.
De repente me senti guri, na minha Rosário do Sul, acampado com meus irmãos e meus amigos na beira do meu rio Santa Maria, em uma barraca- não de lençóis, mas de lona que mesmo velha e desbotada, nos abrigava com espaço e com conforto nas nossas aventuras.
Ao me lembrar, destes fatos, fiquei imensamente grato a vida e a curiosidade infantil, por terem permitido que meus netos, tenham visto o nascer do sol, mesmo em outra geografia menos privilegiada do que os espaços celestes imensos, que podem ser vistos por quem está, de madrugada, nas areias do meu rio…
Ainda com o rosto molhado pelas lágrimas fiquei abraçado nos dois, pedindo a Deus que os mantenha, por toda a vida, sempre capazes de terem vontade de madrugar para se encantarem com o nascer do sol.
Acreditem meus amigos que este feriado, prolongado, de abril de 2025, foi capaz de me fazer menos solitário e mais feliz…
(Recanto da Ana e do Erner, 21.04.25- Capão Novo)