Ocorre que eles estão metidos em uma guerra absurda que os está levando à recessão. Parece que esqueceram a de 1929. Azar deles e nosso, pois o que lá de ruim ocorrer, necessariamente se refletirá em todas as nações. Somos hoje uma aldeia global.
O petróleo é uma riqueza finita. Necessita a humanidade de alternativas para substituí-lo e o senhor da guerra, decidiu que será o nosso álcool. Idéia que muito agrada aos usineiros que irão faturar ainda mais e ao próprio governo federal que irá acumular mais divisas ainda, aumentando o seu superávit na balança comercial. E isto porque o álcool deles é oriundo do milho, cereal que eles têm em profusão, tanto é verdade que desde os anos 50, subsidiam seus produtores para que as safras do milho anualmente, não passem das 150 milhões toneladas. É isto mesmo, 150 milhões de toneladas. Como se observa só o milho deles, desde a década de 50 é maior que a nossa produção global de grãos, dentre os quais nós temos milho, trigo, arroz, soja, sorgo, café, cevada, centeio, girassol, etc.
Ocorre que a produtividade do milho para a produção de álcool é baixíssima. E essa história de que o álcool é um combustível ecológico (limpo) é tertúlia flácida para dormitar bovis. A queima de qualquer material, por mais que digam que o mesmo é nobre, ecológico etc. sempre resulta em elementos que são nocivos ao ambiente e por extensão, aos seres humanos.
A queima do etanol produz aldeídos, gerando o formaldeído, altamente nocivo à saúde. Como exemplo, inserimos a seguir trecho extraído de “O cigarro deveria ser proibido?” de autoria do médico Sebastião de Oliveira Costa, pneumologista, CRM 1630, publicado em Coluna Unimed Saúde nº. 330 publicado em 02/09/2007.
“Por outro lado, a amônia, aldeídos e formaldeídos são substâncias responsáveis pelo desenvolvimento das DPOCs (bronquite crônica e enfisema pulmonar), enquanto a nicotina e o monóxido de carbono participam diretamente no desencadeamento de 30% de todos os infartos do miocárdio diagnosticados.
Como parece ter ficado claro, essa história de álcool e do bio-diesel, não é aquela idéia genial que vem sendo apregoada. Parece que nossa grande imprensa vem engolindo essa conversa fiada. A razão para tal confesso que não sei. Ou há de parte dos grandes grupos de comunicação interesse em agradarem usineiros e governo, ou não se deram ao trabalho de pesquisar um pouquinho que seja. Outro aspecto que deve se levado em conta é o fato de que nosso organismo ainda não tem condições de ingerir combustível, pelo menos esses citados. Devemos pensar seriamente no assunto e darmos prioridade à produção de alimentos. Combustível para veículos tem outras formas de produzir.
Já há automóveis elétricos que desenvolvem altíssima velocidade. Há também um motor inventado por mecânico capixaba que produz sua energia a partir do uso de ar comprimido. Outras formulas certamente irão surgir com o correr do tempo. Quando ainda guri ouvi dizer que ainda durante a guerra a força aérea alemã teria desenvolvido um divisor molecular que, usando água como combustível, separando o oxigênio que seria “jogado” na natureza e queimando o hidrogênio. Finalizando, como nosso Editor é um cara de cabeça aberta, quem sabe se estabelece aqui uma saudável discussão.
Até a próxima se Deus assim o permitir.