Comissão do Senado aprova projeto que proíbe jogos de azar na internet
A proposta altera o Decreto 9.215/1946, que proíbe a prática ou exploração de jogos de azar em todo o território nacional, para incluir no rol dos ilícios o mesmo crime praticado em rede de computador. O PLS 570/2011 ainda precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde recebe decisão terminativa.
Favorável ao projeto, o senador Walter Pinheiro (PT-BA) disse que o tema deveria ser incluído nas discussões sobre o novo Código Penal. “Eu queria chamar a atenção para que matérias dessa natureza sejam apreciadas nas discussões sobre o novo Código Penal, para que sejam definidas as penalidades adequadas, e não de maneira isolada”, alertou.
Pinheiro classificou a matéria de “louvável” e defendeu penas semelhantes para empresas de telefonia e emissoras de televisão que trabalham interligadas com a rede mundial em práticas de jogos semelhantes.
Segundo o senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), autor da proposta, houve um aumento significativo de jogos ilegais oferecidos via internet, e essa atividade cria oportunidades para práticas corruptas, como fraudes, resultados combinados, cartéis de apostas ilegais e lavagem de dinheiro, uma vez que os jogos podem ser ativados e desativados muito rapidamente.
A proposta também foi defendida pelo relator Flexa Ribeiro (PSDB-PA). Para ele, o controle efetivo do Estado sobre os jogos de azar é imprescindível. Flexa lembrou que as vítimas fornecem os dados de cartão de crédito ao sistema e ficam sujeitas à clonagem ou mesmo ao uso indevido por parte dos operadores do site que hospeda o jogo.