Comissários de Polícia do RS fazem manifestação
Confira na íntegra abaixo manifestação dos comissários de Polícia do RS.
“Os Comissários de Polícia, através da ACP/RS – SINDICATO, não se opõem, como nunca se opuseram, quanto à obtenção de vantagens dos demais agentes, desde que não sejam prejudicados.
Assim, se os Inspetores e Escrivães aquiescerem com a idéia de os Investigadores remanescentes na ativa poderem vir a alcançar o padrão 10, mudando denominações e ingressando nas carreiras de Inspetor e Escrivão, os Comissários detentores do padrão 10, por isso só, não se oporiam.
Mas a extinção do cargo de Comissário, se isso for verdadeiramente da concordância de Inspetores e Escrivães, não é aceitável nos termos sugeridos no trabalho dado a conhecer.
Repete-se: se Inspetores e Escrivães viessem a aceitar a mudança de denominação de seus cargos e o de seu final de carreira, não poderiam os já Comissários lhes impor vontade diferente. Por igual, os Comissários não aceitam imposição graciosa de câmbio na sua denominação e competências.
De sorte que, se o atual cargo de Comissário é empecilho a outro cargo que não da própria carreira de Inspetores e Escrivães, é impensável removê-lo pura e simplesmente.
São coisas diferentes e devem ser tratadas de modo diferente.
Como pode ser isso? Os Inspetores e Escrivães, mais os Investigadores remanescentes, que intentem seus arranjos.
Os Comissários, da mesma forma, também almejam resgatar prejuízos ao final de carreira de Inspetores e Escrivães, como os decorrentes de recente tratamento desigual e vexatório, por parte do Estado, em relação à gratificação inerente ao cargo, o que superpõe a remuneração dos padrões 9 e 10 do Quadro Policial Civil, inclusive com o vergonhoso silêncio da Administração, dos demais Agentes e dos Delegados.
Também continuam amargando o não pagamento do padrão 10 como o “outro” padrão 10 do mesmo Quadro Policial.
São demandas importantes que não têm merecido nenhuma atenção, inimaginavelmente, pelos próprios interessados, Inspetores e Escrivães, ou seus representantes.
É papel passado da absoluta indiferença pelas próprias carreiras e ausência de “espírito de corpo”, com visíveis reflexos na imagem da Instituição, a justificar seu descrédito geral.
Se seus pares, agora, por motivos só seus, optarem por descartar esse cargo-símbolo dos agentes no RGS, ao invés de prestigiá-lo, saibam que os seus atuais detentores não ficarão indiferentes, não aceitando serem apartados sem consigo levarem toda a história que enfeixam, assim como todas as prerrogativas que sempre ostentaram em nome dos agentes policiais gaúchos.
Antes de quaisquer confrontos político-classistas, recomendável é a via da negociação para iniciativas dessa ordem, desde o nascedouro.
O confuso é sempre mais largo que a porta.
Porto Alegre, 22 de novembro de 2007.
Bel. Luiz Cezar Machado Mello
Presidente.”