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Confeccionistas de B. Pinhal faturam no Carnaval e doam alimentos

O carnaval não foi só folia para as confeccionistas de Balneário Pinhal. Um grupo de 20 costureiras da cidade aproveitou a festa para auxiliar pessoas carentes e garantir receita extra com a comercialização de fantasias para o tradicional carnaval de rua do balneário. As peças, feitas com as sobras dos retalhos de tecidos, renderam R$ 1,75 mil ao grupo e ainda resultaram na arrecadação de 400 quilos de alimentos. O grupo de empreendedores é impulsionado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Rio Grande do Sul (Sebrae/RS), por meio do projeto de Desenvolvimento Regional do Litoral Norte Gaúcho. Ao todo foram vendidas 780 peças.

Mesmo as peças sendo comercializadas por valores baixos, entre R$ 2 e R$ 5, mais um quilo de alimento não-perecível, a ação gerou uma excelente receita ao grupo das costureiras. A comercialização das fantasias foi feita pelas próprias empreendedoras em frente à loja RKR Sports, no município. Os foliões puderam escolher entre regatas masculinas e femininas, bermudas, saias de suplex e malha, shorts e tops de suplex, legging, sobrelegging, produzidas a partir de retalhos coloridos. Os alimentos arrecadados serão repassados a instituições de caridade pela RKR Sports.

“As confeccionistas de Balneário Pinhal coloriram o desfile do Bloco dos Retalhos com peças de bastante qualidade”, elogia o consultor do Sebrae/RS, Wilson Augusto Melo da Fonseca. Ele explica que o trabalho de capacitação e integração realizados com as empreendedoras iniciou no ano passado e, de lá pra cá, o grupo cresceu em qualidade, permitindo sonhar com novos negócios. Fonseca lembra que as confeccionistas foram qualificadas em cursos de planejamento, gestão de finanças e liderança, entre outros, para melhoria da mão-de-obra, de olho na busca de novos mercados. Ele revela que uma das primeiras ações do grupo para este ano será confeccionar calças e moletons infantis para serem comercializados nas lojas RKR Sports.

“Acreditamos que a efetividade dessas ações se deve ao aperfeiçoamento do gerenciamento e do entendimento do negócio, das técnicas de corte e costura, da valorização do trabalho do grupo por parte da comunidade e também ao resultado financeiro que as costureiras estão conseguindo”, avalia a gestora do projeto de Desenvolvimento Regional do Litoral Norte Gaúcho, Camila Ferraz Jacques. Conforme ela, as ações promovidas pelo grupo acenam uma oportunidade de desenvolvimento econômico e de geração de empregos no município, que ainda é bastante dependente do capital dos veranistas no verão. Camila conta que a estrutura física é cedida pela prefeitura e a matéria-prima é adquirida por meio de parcerias com empresas locais. De acordo com a gestora, a idéia do projeto é integrar, em 2008, as confeccionistas de Osório, Balneário Pinhal, Tramandaí, Capão da Canoa e Torres, em parceria com as prefeituras municipais e empresas da região, fortalecendo e desenvolvendo o setor no Litoral.

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