Confiança do consumidor atinge menor nível desde 2005
A confiança do consumidor em fevereiro é a mais baixa desde 2005, ano em que teve início a série histórica do Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Segundo levantamento divulgado hoje (27), o índice caiu para 1,4% entre janeiro e fevereiro deste ano, passando de 95,9 para 94,6 pontos, numa escala de 0 a 200, o menor nível da série (iniciada em setembro de 2005).
O estudo mostra que a trajetória de queda iniciada em setembro do ano passado continuou, após ser interrompida em janeiro, quando o índice variou 0,1% sobre o mês anterior.
O Índice da Situação Atual recuou 0,8% e o Índice de Expectativas caiu 1,7%, atingindo o menor nível da série. O indicador que mede a satisfação do consumidor em relação à situação econômica atual manteve trajetória de queda iniciada em outubro passado. Entre janeiro e fevereiro, a parcela dos que avaliam a situação como boa aumentou de 8,4% para 8,7% do total, enquanto o percentual dos que a consideram ruim subiu de 48,9% para 50,6%.
Os consumidores entrevistados se mostraram cautelosos em relação às compras, principalmente de bens duráveis, que, em geral, demandam pagamento a prazo. A proporção de consumidores que planejam gastar mais com esse tipo de bem nos seis meses seguintes caiu de de 8,0% para 6,8%. Já a parcela dos que pretendem gastar menos aumentou de 38,1% para 40,2%.
Na comparação com fevereiro de 2008, o estudo mostra que o ICC registrou queda de 17,5 %. O índice é composto por cinco quesitos da Sondagem das Expectativas do Consumidor, apurada desde outubro de 2002, que abrange mais de 2 mil domicílios em sete das principais capitais brasileiras. A coleta de dados para a edição de fevereiro de 2009 foi realizada entre os dias 2 e 20.