Vida & Saúde

Confira como enfrentar a folia de carnaval: os abusos do álcool

O carnaval chegou e com ele os abusos de álcool. As conseqüências são as mais graves possíveis. No trânsito, nos bailes, nos clubes, e até nas ruas, o uso do álcool causa problemas graves, como acidentes e brigas que elevam o número de ocorrências policiais, entradas em hospitais, aumento das vítimas e do número de crime com vítimas.

Também não podemos esquecer que a “ressaca” é outra desagradável conseqüência daqueles mais exagerados.

As bebidas alcoólicas ainda são responsáveis pela maioria dos incidentes na época de carnaval. O chamado “porre” é muito comum. A justificativa é o extravasamento de alegria ou até das tristezas. Nesta época, o motivo é o que menos importa.

Para quem pretende beber um pouquinho, algumas precauções devem ser observadas. Aquelas pessoas que têm úlcera no estômago devem redobrar os cuidados durante o carnaval. Bebidas alcoólicas não combinam com gastrites e úlceras. A velha técnica de ingerir gordura para combater os efeitos do álcool piora ainda mais a situação.

Outra atenção que deve ser tomada é na hora de escolher o que beber. Muitos não se importam e são capazes de beber qualquer coisa. Mas algumas bebidas têm índices de teor alcoólico maior que outras. A mais perigosa é a vodka, que possui cerca de 45% de álcool por litro de água. Já o uísque não fica longe. São 43% de álcool.

A famosa cerveja, que é a bebida preferida nacionalmente, tem apenas 5% de álcool por litro de água. O problema maior da cerveja é que a quantidade ingerida é infinitamente superior a de uma vodka ou de um uísque, o que iguala ou piora a situação.

Caminhos do Álcool

Quem pretende beber neste carnaval deve observar a hora de parar. O descontrole pode levar o indivíduo a um coma alcoólico. Esta é a fase de intoxicação provocada pelos excessos de bebida.

No início quando a quantidade ingerida ainda é pequena, a pessoa fica eufórica e falante. Conforme os níveis alcoólicos no sangue aumentam, há perda de controle, liberação da agressividade, a fala fica enrolada e a visão dupla.

Se a ingestão de álcool for rápida e a concentração no sangue se elevar muito, instala-se uma fase de anestesia, sonolência e perda da consciência (coma).

Se você for beber, moderação é a primordial, deve-se beber lentamente. Antes de começar, alimentar-se adequadamente ajuda a evitar a gastrite alcoólica. Não misture vários tipos de bebidas alcoólicas, principalmente aquelas que têm um alto teor de álcool como vodka e uísque.

As náuseas e os vômitos também são comuns após os exageros com o álcool. Em caso de constatação de coma verifique o pulso da vítima e a coloque deitada de lado, para que, caso ela vomite, não haja aspiração para os pulmões, o que provocaria asfixia.

Para a prevenção de seqüelas levar a pessoa imediatamente para um pronto-socorro ou hospital, onde terá um atendimento adequado.

Um aspecto importante a destacar é com relação à glicose, que se for mantida em níveis mais altos, ajuda o indivíduo a se recuperar da “bebedeira”. Portanto, ao chegar após uma “saída”, antes de dormir procure ingerir um suco adoçado com mel.

“Day After”

A ressaca é uma temida conseqüência dos excessos com o álcool. O melhor a se fazer é repousar. Ingerir bastante líquido, de preferência água ou chás de erva cidreira ou doce. Também se deve fazer uma reposição moderada de açúcar com frutas como melão e melancia. A alimentação deve ser leve como vitaminas de frutas. Um caldo de galinha, sem gordura, ajuda a alimentar sem agredir o estômago.

Os analgésicos como as aspirinas devem ser evitadas porque podem piorar a gastrite alcoólica. A velha receita de café e banho frio não adianta. O máximo que se tem, neste caso, é um bêbado limpo e acordado, nunca lúcido.

Dirigir alcoolizado é perigoso para quem guia e para quem transita (veja “Acidentes automobilísticos e álcool”, nesta edição da Bibliomed Saúde).

As vítimas nesta época de festa são muitas, às vezes fatais. Se você está programando beber, deixe o carro em casa e vá de táxi.

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