Conflitos na orla: a opinião de um coronel – Por Erner Machado

Nestas festas de fim de ano, houve diversos conflitos no Litoral Norte, conflitos estes localizados em diversas Praias.

Algumas pessoas das comunidades alvos, cobraram do comandante da força de segurança do litoral providencias que visem evitar futuros eventos e o mesmo, maduramente, assim se manifestou:

“Eu sou o Coronel Aurélio comandante do 2º BPAT e sobre os fatos tenho a percepção que os participantes são pessoas do bem, filhos, de coronéis e filhos de outros pais com outras profissões.

Citei a minha profissão para não cometer injustiças ou preconceitos. São jovens que se aproveitam da ocasião e do anonimato, para extravasarem seus sentimentos e suas faltas de normas de conduta e convívio social.

Então, entendo que isto não é questão de polícia mas de educação que os jovens recebem em casa, aos quais falta normativos e exemplos familiares.

Entendo que não posso como responsável pela segurança usar uma tropa especializada para combater estes eventos porque muitos jovens, com certeza, pelo tipo de ação policial que os fatos exigem, sairiam feridos e, talvez, estes ferimentos tivessem consequências mais graves.

E a comunidade estaria me cobrando, agora, não a passividade com relação aos fatos, mas, com certeza as consequências de uma ação enérgica, imediata e violenta que eles exigem.
Quem sabe a comunidade estaria, agora, me cobrando a morte, acidental, de algum jovem filho de boa família”

Na minha visão o Coronel Aurélio foi definitivo e disse tudo o que diria este Peão de Estancia, se importância tivesse e se perguntado fosse!

Estamos, há algum tempo, vivendo momentos singulares que se apresentam como uma fratura exposta no meio social cujos tecidos danificados pela infecção, não tem encontrado antibióticos capazes de cessar os seus efeitos danosos que se multiplicam ano, a ano.

O coronel na sua ponderada colocação quis nos dizer que precisamos retomar a autoridade paterna e materna que foi substituída televisão que, invadindo os lares, silenciou os pais e estabeleceu os procedimentos comportamentais ditados pela mídia a qual interessa a destruição dos valores morais dos jovens para poder impor suas condutas importadas e suas experiências destruidoras de valores e de conceitos de civilidade.

O coronel na sua ponderada colocação quis nos dizer que precisamos restaurar a autoridade do professor que foi substituída, em aula, por celulares operados pelos alunos que se fascinam pelas lições nefastas dos Felipe Melo da vida.

O coronel na sua ponderada colocação quis nos dizer que precisamos criar nossos filhos netos para serem cidadãos de primeira categoria, homens de bem, ponderados, sensatos que terão a missão de reconstruir o nosso País, compondo uma sociedade de homens livres e de bons costumes onde impere o amor, a concórdia e a paz.

O coronel na sua ponderada colocação quis nos dizer que precisamos de maneira urgente e cabal, nos reunirmos com nossos filhos e netos, ao redor de uma mesa e fazê-los reconhecer que seus procedimentos são frutos de uma conduta não recomendada e pouco civilizada pois estão agindo como agiam os povos bárbaros do milênio passado.

Precisamos lhes dizer que, em casos futuros e reiterados, talvez o coronel Aurélio ou outro comandante, para responder aos apelos da sociedade tenha que fazer uso de forças especializadas que agirão com a energia e com a eficiência necessárias à gravidade dos fatos e que, talvez, depois de desfeito o motim, as forças publicas sejam cobradas por excesso de ação, por ferimentos em jovens ou, quem sabe, por alguma morte, acidental, de algum filho de boa família.

Para encerrar deixo consignados os meus RESPEITOS ao coronel Aurélio e as minhas LAMENTAÇÕES e TRISTEZAS, pelo ponto a que , nos últimos 20 anos ,chegaram os comportamentos e condutas de nossos jovens.

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