Conheça o passeio deslumbrante de Curitiba à Morretes

Essas cidades têm cenários incríveis que encantam todos os tipos de turistas

A modernidade e a infraestrutura de Curitiba contrastam com o mergulho na natureza do passeio de trem à Antonina e Morretes. Conhecida como metrópole-modelo, Curitiba, capital do Paraná, também é uma das cidades turísticas mais bonitas e mais acolhedoras do Brasil. 

Com uma combinação harmoniosa entre planejamento urbano, modernidade, natureza e muita inovação, também se destaca pelo cuidado com a limpeza da cidade, o mesmo com que acolhe os turistas de todos os tipos e idades que por lá passam. Das famílias aos visitantes solo, de crianças à melhor idade, todos se sentem muito bem-vindos na capital paranaense, que também é conhecida como a Cidade Sorriso. 

Ópera de Arame e Jardim Botânico

Misturados aos corredores de ônibus e aos parques, a cidade também apresenta cartões postais modernos e singulares, como a Ópera de Arame, um teatro a céu aberto, de uma arquitetura singular. Outra estrutura metálica impressionante, que convive harmoniosamente com a natureza, é o Palácio de Vidro do Jardim Botânico. A construção envidraçada é inspirada nos jardins franceses e permite a visão total tanto de dentro quanto de fora. Em sua volta, canteiros floridos e muito verde fazem do local uma visita imperdível a quem for à capital paranaense

O Museu Oscar Niemeyer, conhecido como “Museu do Olho”, é um dos mais importantes da América Latina (Imagem: Cavan-Images | Shutterstock)

Museu Oscar Niemeyer

Outro projeto muito importante da cidade é o Museu Oscar Niemeyer, cuja arquitetura em forma de olho humano o levou a ser conhecido como “Museu do Olho”, um dos mais importantes da América Latina. Nele, você pode ver de perto algumas fotos, maquetes e croquis dos principais trabalhos do arquiteto, além de obras assinadas por autores de diferentes movimentos artísticos. 

Outros pontos turísticos importantes da cidade

Outros pontos turísticos conferem a Curitiba o charme e o agradável contato com a natureza e a história. O Parque Tanguá é um dos exemplos disso. O local, que também contempla o Jardim Poty Lazzarotto já foi uma pedreira, desativada nos anos 70, e hoje é um dos mirantes mais belos da cidade. 

Outras etnias que habitaram Curitiba também foram homenageadas em alguns pontos imperdíveis para os turistas, como o Parque Tingui, em homenagem ao primeiro povo indígena que habitou a região, e, dentro dele, o Memorial Ucraniano. 

Gastronomia

A gastronomia também merece destaque! Repleta de bares e restaurantes que refletem as influências culturais dos grupos multiétnicos que formam a sociedade curitibana, o que não faltam são ótimas opções, inclusive em seu bairro gastronômico de Santa Felicidade, onde, além de várias cantinas italianas, está o Família Madalosso, que recebeu do Guinness Book o título de maior restaurante da América Latina. 

Tecnologia e sustentabilidade

Recentemente, Curitiba foi premiada pela União Europeia como uma das 100 cidades inteligentes e neutras em carbono até 2030, reafirmando seu compromisso com o futuro. Esse título reflete o equilíbrio entre tecnologia e sustentabilidade, presente em suas soluções urbanas, como a coleta seletiva e o investimento em energia limpa.

Imagem de vagões coloridos passando em trilho de trem em meio a natureza
A viagem até Morretes já foi considerada um dos melhores passeios de trem pelo The Guardian e pelo The Wall Street Journal (Imagem: cabuscaa | Shutterstock)

Vá de trem de Curitiba à Morretes

Mesmo com tantos atrativos em Curitiba, um passeio fica ainda mais completo com uma esticada de trem à charmosa cidade de Morretes. Operado pela Serra Verde Express, o trem percorre 70 quilômetros entre as duas cidades, passando por paisagens deslumbrantes, incluindo cânions, cachoeiras e pontes centenárias. 

A viagem, que já foi considerada um dos melhores passeios de trem do mundo pelo jornal britânico The Guardian e pelo americano The Wall Street Journal, é uma experiência à parte! São praticamente 4 horas de muita natureza e muita cultura. 

A ferrovia Curitiba-Paranaguá, inaugurada em 1885, foi a primeira a ser construída sem mão de obra escravizada. O ousado projeto dos irmãos Rebouças atravessa 110 km de Mata Atlântica e revela cenários deslumbrantes. Durante o trajeto, o trem passa por 41 pontes, 13 túneis e seu ponto mais alto está a 952 metros de altitude, dentro do trecho mais preservado de Mata Atlântica do país. 

Entre os destaques, estão a Ponte São João, com 113 metros de altura, trazida desmontada da Bélgica, e o Viaduto do Carvalho, onde os passageiros têm, literalmente, a sensação de flutuar sobre o penhasco. Além disso, todos os vagões têm a bordo um guia, que conta a história da região e enumera paisagens imperdíveis. Se realizado ao fim da tarde, a viagem pode ainda ser coroada com um belíssimo pôr do sol.

Capacidade do trem e divisão dos vagões 

O trem tem capacidade para até 1200 passageiros, variando conforme a demanda. São 25 vagões que cortam a Serra do Mar, num passeio que dura cerca de 4 horas, em velocidade máxima de 30 km/h. O passageiro pode escolher entre três categorias de vagões: Turística, Boutique ou Litorina de Luxo. As duas últimas são compartimentos diferenciados, com decoração temática, alguns com varandas e outros com ambientação de época. 

Nos vagões Boutique, o passageiro conta com serviço de bordo com água, suco, refrigerante e cerveja à vontade durante o trajeto e 1 lanche. Entre eles, tem carro pet friendly (Vagão Bove) e adaptado para pessoas com deficiência (Vagão Carmen Silva). Tem ainda os vagões luxuosos (Litorinas), com sistema automotriz. 

O trajeto ferroviário pela Serra do Mar paranaense já foi feito por mais de 4 milhões de pessoas nos quase 30 anos de atividade da Serra Verde Express. Só no último verão foram mais de 70 mil passageiros fazendo o percurso até Morretes ou voltando de trem para Curitiba. 

Imagem de um lago com mesinhas e banquinhos de pedra ao redor, ao fundo um prédio histórico em branco e azul, cercado por arvores
A cidade de Morretes tem construções históricas preservadas e passeios para todos os tipos de turistas (Imagem: alexroch | Shutterstock)

Morretes

Depois de quase 4 horas de viagem, chegamos à charmosa cidade de Morretes, que fica bem aos pés da Serra do Mar. A população estimada, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), é de 16.366 pessoas. A cidade, fundada pelos jesuítas em 1733, às margens da Baía de Paranaguá, tem construções históricas bem preservadas e que hoje abrigam museus e espaços culturais. 

Já nos arredores, a natureza oferece uma gama de atividades para quem curte esportes de aventura. O ritmo tranquilo da cidade, com ruas de paralelepípedos, casas coloniais preservadas e as pessoas se banhando no Rio Nhundiaquara, poderiam estar em um cartão postal da cidade. Trilhas, cachoeiras, mirantes naturais e passeios de bote pelo rio completam o cenário. 

Gastronomia

Desbravar a cidade é um prazer. Afinal, não há como não se encantar ao andar pelas ruas e conhecer de perto o artesanato e a gastronomia locais. Nas barraquinhas, além das pequenas obras e das cachaças artesanais, o carro chefe é a bala de banana, típica do local. Mas, se passar por lá, não deixe de conhecer uma das sorveterias artesanais da cidade: o sorvete de gengibre é um prazer gastronômico à parte! 

Alguns passeios conferem também uma ida a uma fábrica das balas de banana. Dá água na boca só de pensar! Mas, falando em água na boca, o prato típico da cidade é o barreado. Até o seu preparo é peculiar. A iguaria é feita de uma mistura de acém, músculo e patinho cortados em cubos e cozidos com muitos temperos em uma panela de barro. A carne se desmancha no cozimento, que leva entre dez e doze horas, e é servida na seguinte proporção: duas generosas colheres de farinha de mandioca misturadas em uma concha de barreado até virar uma pasta. Para completar o sabor inconfundível, uma banana. 

Volta à Curitiba

O caminho de volta à Curitiba, também de trem, é tão encantador quanto a descida para Morretes. Na volta, na chegada à Curitiba, o pôr do sol é uma atração imperdível!

Receba as principais notícias no seu WhatsApp

Por Cláudia Dias — revista Qual Viagem

Comentários

Comentários

Notícias relacionadas