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Conheça os alimentos que promovem a saúde do cérebro

A alimentação desempenha um papel fundamental na saúde cerebral, sendo uma das principais maneiras de promover e manter a função cognitiva ao longo da vida. Além dos alimentos tradicionais, o avanço da tecnologia tem destacado os nootrópicos, alimentos e suplementos conhecidos por melhorar o desempenho mental sem causar efeitos colaterais. Para maximizar os benefícios cognitivos, deve-se adotar uma dieta equilibrada e diversificada, rica em alimentos naturais e minimamente processados.

O que são alimentos nootrópicos?

Segundo a nutróloga Dra. Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), os chamados alimentos nootrópicos – cujo nome vem do grego “nóos” (mente) e “tropo” (direção) – supostamente têm a capacidade de ajudar a melhorar o desempenho mental sem efeitos colaterais negativos. São alimentos ou suplementos ricos em substâncias que estimulam a nossa capacidade cognitiva, seja por um incremento na memória, atenção, concentração ou motivação. 

“Os nootrópicos são usados pelos homens há milhares de anos e atualmente inúmeros novos compostos com maior eficiência foram descobertos. Alguns alimentos nootrópicos são utilizados desde a antiguidade, como o café e o cacau, entre outros”, explica a nutróloga. 

A farmacêutica e gerente técnica da Biotec, Maria Eugênia Ayres, complementa: “nas farmácias de manipulação, os ingredientes nootrópicos são encontrados em formas que vão além das cápsulas, como chocolates, shakes e sopas. Eles podem ser preparados e ingeridos rapidamente antes de trabalhar, em um lanchinho no escritório ou durante os estudos para aperfeiçoar a função cognitiva”.

Como consumir os suplementos com segurança?

A Dra. Marcella Garcez indica que o ideal é que suplementos e medicamentos nootrópicos tenham prescrição médica, porém os alimentos que têm a funcionalidade de melhorar o estado de atenção e a cognição podem ser incluídos em um hábito alimentar saudável. 

“Eles são indicados quando há necessidade de melhora na performance do cérebro, da memória e concentração. Entre os alimentos com funcionalidades nootrópicas, estão: o salmão, rico em DHA, e os ovos, fonte de fosfatidilserina; o chá-preto, rico em teanina e cafeína, como o café, e o chá-verde, que também carrega catequinas em sua fórmula. Já as verduras, frutas, cereais e carnes trazem vitaminas e minerais fundamentais para a saúde do cérebro”.

A nutróloga explica que “as vitaminas do complexo B, como a B1, B6, B9 e B12, são potenciais provedores de energia cerebral. Já vitaminas C e E e minerais como o magnésio e o zinco também garantem que sinapses e impulsos nervosos sejam bem-sucedidos e atuam na produção de neurotransmissores como a dopamina e a serotonina, essenciais para o controle da ansiedade e com ação antidepressiva”. 

Segundo a médica, a deficiência de alguns desses nutrientes, por sua vez, pode acarretar alguns sintomas. Como exemplos, pode-se citar mudanças de humor, irritabilidade, depressão, aprendizado lento, perturbações visuais, problemas auditivos, confusão mental, cefaleia, demência, fadiga, problemas de memória, hiperatividade, alterações emocionais e ansiedade. 

Mulher comendo mirtilo e com mirtilos na mão
O mirtilo é um alimento poderoso para o cérebro (Imagem: Photoroyalty | Shutterstock)

Alimentos que ajudam a melhorar a saúde cerebral

Por fim, para melhorar a saúde cerebral, a nutróloga cita mais dois alimentos que podem ser incluídos em uma dieta equilibrada, variada e o mais natural possível: o mirtilo e as nozes. 

“O mirtilo é considerado um dos alimentos mais poderosos para a saúde cerebral por ser uma fruta muito rica em polifenóis antioxidantes, vitaminas e fibras, cujas propriedades auxiliam no atraso da deterioração da memória e da cognição. Já as nozes possuem fibras solúveis e ácido-graxo do tipo ômega 3 em sua composição — que, além de equilibrar o colesterol, atua no combate ao estresse. O ômega 3 é responsável por amenizar os efeitos do estresse na rotina; ajuda a reduzir sintomas como a fadiga e o cansaço mental”, finaliza a médica Dra. Marcella Garcez.

Por Pedro Del Claro

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