Contentamento: até que ponto você se contenta e não arrisca? – Por Renato Eduardo
Lucas gostava muito de sua bicicleta, ele a tinha ganhado quando ainda estava aprendendo a dar seus primeiros passos. Ele cresceu, aprendeu a andar e depois iniciou as primeiras pedaladas, no início com muito medo, o pai segurava, as rodinhas pequenas apoiavam no chão e lá ia ele na sua aventura de pedalar pelo pátio da casa com aquela “máquina”. As pernas doídas de tanto forçar, as mãos brancas de tanto apertar no guidom e assim foi até Lucas acostumar e dominar sua bicicleta. Quando finalmente a dominou, foi só alegria! As voltas eram intermináveis em torno da casa e às vezes seus pais o levavam à uma praça e então a aventura era maior ainda.
O tempo passou, Lucas cresceu e em um certo dia, seus pais chegaram em casa com uma outra bicicleta, maior, diferente, não muito convidativa para Lucas, que estava acostumado com a antiga. Gostava, na verdade tinha quase um “caso de amor” com a velha bicicleta e a troca por outra, parecia uma ideia muito triste e ruim. Seu pai o convidou para sentar e lhe disse algumas palavras, que ecoam em sua mente até hoje:
“Lucas, meu filho, seja forte o suficiente para deixar o que não é bom para trás e inteligente e sábio o suficiente, para lutar pelo que você quer e entende que merece. Às vezes você tem que ser derrubado para se levantar mais forte do que jamais foi antes. Às vezes, os olhos precisam ser lavados por suas lágrimas para que você possa ver as possibilidades diante de você com uma visão mais clara e renovada. É assim a vida, apenas não se acomode com aquilo que você já tem e está adaptado, se esforce para novas possibilidades, se arrisque para novos desafios, pois fazendo assim, você irá provar daquilo que é novo e melhor, caso contrário, você irá ficar com esta pequena e velha bicicleta para sempre.”
Hoje em dia, vejo várias pessoas semelhantes ao Lucas. Pessoas que não conseguem mais andar com a pequena e velha bicicleta pois as pernas cresceram, e, somente as pernas, porque não permitem que a mentalidade acompanhe este crescimento, então, ficam presos ao velho e não abraçam o novo.
Quero te motivar a não se contentar com o velho e nem com o pouco, pois as possibilidades estão ai.
Comece hoje, daqui a um ano, você irá se arrepender de não ter iniciado agora!
Te vejo no topo!
Renato Eduardo.