Coordenador da Vigilância Sanitária de SAP presta esclarecimentos sobre a dengue a Vereadores
Os integrantes da Comissão Única de Pareceres receberam durante reunião realizada na tarde desta segunda (07), informações do médico veterinário Luiz Rogério Carvalho Gomes, coordenador da Vigilância Ambiental em Saúde da Prefeitura de Santo Antônio da Patrulha, sobre procedimentos de prevenção e atuação do setor contra a dengue.
A preocupação dos vereadores é com a recente confirmação de casos da doença em Porto Alegre. No entanto, o veterinário explicou que dos casos verificados na Capital, apenas dez pessoas tinham a doença, e todas haviam sido contaminadas em outros Estados. “Os casos são importados. São de pessoas que pegaram a dengue fora. Aqui, ainda não foi detectada nenhuma contaminação”, disse Rogério, reafirmando a informação de que não existem focos, nem casos de pessoas contaminadas pelo mosquito da dengue em Santo Antônio da Patrulha.
Ele explicou que os servidores vêm promovendo periodicamente visitas em 37 pontos estratégicos, com maior movimentação de pessoas e possibilidade de acúmulo de água, como no cemitério, em borracharias e madeireiras. Também, uma vez por mês, a Vigilância promove “armadilhas” e verificação de locais suspeitos, mas até agora a larva do aedes aegipty não foi detectada no município.
O veterinário esclareceu ainda a vigilância vai até a residência, em casos de suspeita, recolhe o mosquito e manda para análise em Osório. “Sempre que somos chamados vamos até as casas para verificar se existe mesmo foco. Estamos em alerta constante, mas não podemos verificar todas as casas diariamente”. Quando alguém observar pneus abandonados e suspeitar de que possa haver água parada, basta ligar para o telefone 3662-6769, ramal 31, que alguém providenciará na busca do material.
Durante as explicações o veterinário esclareceu também que a dengue é transmitida através da picada de uma fêmea contaminada do Aedes aegypti, pois o macho se alimenta apenas de seiva de plantas. Um único mosquito desses em toda a sua vida (45 dias em média) pode contaminar até 300 pessoas. Ainda não há vacinas comercialmente disponíveis para a dengue.
Por fim ele disse realmente existir uma epidemia da doença no Rio de janeiro, por diferentes fatores, como clima e dificuldade dos agentes de saúde em entrar nas favelas. No entanto, mesmo não existindo o foco no município, alertou para a conscientização da comunidade. “O mosquito coloca seus ovos em água parada limpa, por isso, a maioria das pessoas se contamina em casa. É preciso que as pessoas promovam a limpeza de vasos ou de qualquer objeto ou peça que acumule água, pois é inviável entrar diariamente em todas as residências do município”, relatou.