Corpo encontrado no litoral paulista pode ser de surfista desaparecido em Imbé
O corpo de um homem, em avançado estado de decomposição, foi localizado na orla de Iguape, no litoral de São Paulo, informou o Grupamento de Bombeiros Marítimo (GBMar) nesta quarta-feira (31).
A suspeita é que seja do surfista desaparecido há quase dois meses no mar em Imbé.
A distância entre as duas praias é de quase 700 quilômetros.
A localização do corpo ocorreu na praia do Prelado por banhistas, que avisaram os bombeiros de Ilha Comprida e a Polícia Militar do município.
Apesar do avançado estado de decomposição, o cadáver ainda vestia parcialmente uma roupa de borracha, semelhante àquelas utilizadas por surfistas para entrar no mar.
A polícia e os bombeiros de São Paulo não tinham registros recentes de pessoas desaparecidas no mar naquela região, também não havia alerta sobre eventual naufrágio de embarcações emitido pela Marinha do Brasil na costa do estado.
Entretanto, uma pesquisa feita pelo GBMar identificou a possibilidade de ser um surfista do Rio Grande do Sul.
Os bombeiros paulistas entraram em contato com os colegas de Imbé nesta quarta-feira e as suspeitas foram reforçadas depois que houve a confirmação das semelhanças nas características, inclusive a roupa. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Registro (SP) e somente exame genético poderá determinar a real identidade dele.
Segundo o GBMar, apesar da distância entre as praias, é possível que correntes marítimas em alto-mar possam ter transportado o corpo do surfista a partir da costa do Rio Grande do Sul até a de São Paulo. O caso também foi registrado na Delegacia da Polícia Civil da cidade como encontro de cadáver para ser investigado e oficialmente identificado.
O caso
Gustavo de Oliveira, de 18 anos, sumiu no mar, em Imbé, em 6 de junho. Ele estava com um amigo, que conseguiu chegar à praia nas proximidades da avenida Santa Rosa, durante sequência de fortes ondas.
O amigo relatou aos bombeiros que olhou para trás e não viu mais Gustavo.
Buscas foram realizadas durante onze dias seguidos pelos bombeiros do Rio Grande do Sul e foram continuadas nas semanas seguintes por amigos e parentes, que chegaram fazer uma roda de oração em homenagem a Gustavo.
As informações são do G1.