Costa Rica terá segundo turno para eleger presidente
Segundo o último balanço, Luis Guillermo Solís, do Partido Ação Cidadã (Acción Ciudadana), teve 30,85% dos votos e disputará a Presidência com Johnny Araya, do Partido Liberação Nacional, que conquistou 29,61% na parcial.
Favorito nas pesquisas, Araya é o candidato do governo da presidenta Laura Chinchilla e Solís é representante de centro-esquerda. O desempenho de Solís surpreendeu os costa-riquenhos, porque nas pesquisas de intenção de voto, divulgadas antes das eleições, ele aparecia em terceiro lugar.
O terceiro colocado foi o candidato José María Villalta, da Frente Ampla, de esquerda. Ele conquistou 17.18% dos votos divulgados até o momento. Os outros dez candidatos presidenciais somaram, juntos, 22,35% dos votos apurados.
Durante a campanha, Villalta era apontado como a “provável surpresa” do processo eleitoral. O resultado provisório foi divulgado pelo Supremo Tribunal Eleitoral da Costa Rica. Para que não fosse realizado um segundo turno no país, um dos candidatos teria de obter 40% dos votos válidos.
Além do presidente, os eleitores escolheram deputados para as 57 vagas das Assembleia Legislativa. Pouco mais de 3 milhões de eleitores estavam habilitados a participar dessas eleições, que tiveram abstenção superior a 38%.
Segundo a Justiça Eleitoral, o resultado final só será divulgado amanhã (4). Se confirmado, após a divulgação definitiva, o segundo turno será realizado em abril.
As eleições no país foram realizadas com “tranquilidade” e acompanhadas por mais de 100 observadores internacionais.
A Costa Rica tem uma população de mais de 4,8 milhões de habitantes (censo 2012) e o país é considerado um dos mais desenvolvidos do Continente Americano. No último relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), divulgado no ano passado, obteve um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,773, considerado alto. A Costa Rica ocupa a 62ª posição no ranking IDH de 187 países e, na América Latina, aparece em nono lugar.