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Crédito para compra e construção de imóveis aumenta 42% em um ano

O crédito habitacional tem apresentado expansão, segundo dados do Banco Central (BC) divulgados hoje (29). Em agosto, o saldo do crédito habitacional chegou a R$ 79,852 bilhões, um aumento de 3,8% em relação a julho. Em 12 meses, a alta é de 42,1%.

Segundo o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, esse crédito, em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, era de 1,3% em dezembro de 2005 e chegou a 2,1% no final de 2008. No mês passado, esse percentual era de 2,7%.  “Ainda é baixo, mas está crescendo”, disse.

Os dados do BC fazem parte da Nota de Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro e são referentes somente às operações com pessoas físicas, diretamente ou com interveniência de cooperativas habitacionais. De acordo com o BC, não estão incluídas as informações referentes aos financiamentos para compra de imóveis por empresas e para construção e incorporação imobiliária, assim como operações de programas de habitação popular dos estados e municípios.

Pelo Relatório Trimestral de Inflação, divulgado na última sexta-feira (23) pelo BC, ao serem incluídas  todas as modalidades – desde a incorporação até a aquisição de imóveis – as operações de crédito representaram 3,6% do PIB, em julho deste ano. De acordo com o relatório, o patamar ainda é baixo e indica a “existência de potencial de expansão acentuado”.

Os dados do relatório mostram, ainda, que o saldo das operações imobiliárias destinadas ao setor de incorporação e construção de edifícios atingiu R$ 27,9 bilhões em julho deste ano, com elevação de 236,2% em relação a igual período de 2006. No caso específico da incorporação, o aumento foi de 416,4%, para R$ 14,3 bilhões. O crédito para a construção de edifícios subiu 151,2% no período, totalizando R$ 11,1 bilhões. O BC fez comparações, no atual documento, com base nos dados do Relatório de Inflação divulgado em dezembro de 2006.

De acordo com o BC, a estabilidade da economia tem favorecido “o desenvolvimento do segmento do mercado de crédito para operações de prazos mais longos, como financiamentos habitacionais”. “A demanda por essa modalidade de crédito está associada à maior previsibilidade da economia, consistente com a continuidade do crescimento da renda e do emprego e com a trajetória de redução da inflação e, consequentemente, das taxas de juros.”

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