Críticas com responsabilidade
Quero antes de iniciar a minha coluna, agradecer a todos que deixaram seu recado após meu desabafo na semana passada. E dizer que a coluna é democrática, todos podem dar sugestões, críticas, desabafos, podem me xingar à vontade, afinal, vivemos numa democracia, não é mesmo?
Vou iniciar o trabalho desta semana citando um recado que recebi de um leitor:
“…acho que deves buscar aquilo que quer e não esperar que corram atrás de ti, então pensa antes de falar algumas coisas e assim estará ajudando realmente o surf…”
Vejam só, é para eu buscar e não esperar pelos outros! Reflitam comigo: se estivese ligando toda a semana para o Senhor Diretor Técnico da Federação Gaúcha de Surf pedindo pra trabalhar, não seria deselegante?
Vou parar por aqui, porque o leitor pode pensar que estou aproveitando-me do espaço para ser escalado nos campeonatos, quando na verdade o que quero é poder dar minha contribuição para o surf, esporte do qual sou apaixonado!
Voltando ao assunto, jamais irei me calar e deixar de falar o que penso com muita responsabilidade e sem desmerecer as pessoas.
Para o senhor diretor técnico da FGSURF, responderei suas críticas com um pensamento de um dos pais do Iluminismo, Voltaire: “Discordo daquilo que dizes, mas defenderei até a morte o teu direito de o dizeres”. E com esse: “O mal de quase todos nós é que preferimos ser arruinados pelo elogio a ser salvos pela crítica”. (Norman Vincent) ou essa: Veritas odium parit ( Dizendo-se as verdades, perdem-se as amizades.)
Quando faço minhas críticas, sempre procuro averiguar fatos, conversar com as pessoas, estar presente em alguns momentos. E com isso, dou minha contribuição ao surf, até porque devem existir pessoas para observar e fazer avaliações, ou não é assim que se procedem as coisas?
Entendo que, pessoas públicas e que possuem cargos devem saber conviver com as críticas, não a crítica pela crítica, e sim aquilo que ocorre nos eventos os quais fiz minhas observações.
Agora eu pergunto: por que a Federação não realiza reuniões com árbitros no intuito de qualificá-los e trocas de experiências com os mesmos? A Federação tem um cadastro de todos os juízes? Será que ficaremos apenas a ver acontecer apenas campeonatos e os treinamentos serem realizado ali? Se tudo isso estiver acontecendo, por favor me avisem, que faço muita questão de publicar nesta coluna!
Não ficarei apenas na crítica. Vou dar sugestões aos nossos dirigentes: Por que não realizar discussões periódicas sobre o futuro do surf no Estado, reunindo associações, surfistas, órgãos públicos, entidades, empresários? E por que elas não poderiam ser realizadas nas praias?
Foi muito proveitosa a discussão sobre as áreas de pesca e de surf. É uma idéia válida; agora, é uma pena que as autoridades se preocupem somente quando morrem inocentes em nosso mar…
Outro ponto que me deixa com a pulga atrás da orelha: A Federação tem ouvido constantemente os surfistas? A categoria tem vez e voz na Federação? Se tiver, ótimo!
Pra encerrar a discussão da semana passada e a minha coluna, vou colocar o que o senhor MARCELO CORDEIRO, diretor da conceituada TOOLS, empresa ligada ao surf, surfista, e grande investidor na área, falou após ler minha coluna: “ o quadro de juízes é sempre o mesmo…não há renovação….. muito menos apoio da FGS para com as associações…..há pouco trabalho…!!pouco surf na veia!!!”
Um grande abraço a todos e tenham uma ótima semana!!!