Daer utiliza mergulhadores em nova fase de vistoria na ponte entre Tramandaí/Imbé
O trabalho de uma equipe de mergulhadores tem chamado a atenção de quem passa pelo conjunto de três pontes no limite entre os municípios de Tramandaí e Imbé, no Litoral Norte. O que poucos sabem é que a atividade tem como objetivo garantir a segurança de motoristas e pedestres que fazem a travessia no trecho.
A ação integra uma nova etapa de inspeções que serão executadas nas 850 pontes e viadutos sob responsabilidade do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) – órgão estadual vinculado à Secretaria dos Transportes. As vistorias cadastrais buscam investigar e reunir o máximo de informações sobre as estruturas, desde as características de construção até possíveis falhas e sinais de degradação.
Os mergulhadores atuam em situações nas quais é necessário descer mais de dois metros de profundidade na água. O primeiro passo é a limpeza dos pilares que serão submetidos à vistoria. Posteriormente, os profissionais realizam a identificação dos elementos estruturais da ponte e, na sequência, captam imagens em foto e vídeo com câmeras especiais para mergulho.
Nas pontes entre Tramandaí e Imbé, o trabalho começou este mês e deve ser finalizado em novembro. Enquanto o relatório atualizado sobre as condições estruturais não é concluído, o Daer reforça o alerta aos usuários quanto ao limite de peso estabelecido na travessia sobre o Rio Tramandaí, que é de 24 toneladas. A fiscalização é realizada pelo Comando Rodoviário da Brigada Militar e a infração pode resultar em multa e apreensão do veículo.
Os mergulhadores vão atuar em outras vistorias cadastrais. De acordo com o superintendente de Obras de Arte Especiais do Daer, Ricardo Vuaden, as inspeções vão resultar em um diagnóstico detalhado que vai possibilitar a avaliação de ações para preservação do patrimônio e a garantia da segurança de motoristas e pedestres.
“Temos que levar em consideração que pontes e viadutos estão naturalmente expostos a intempéries, cargas e outros fatores de desgaste. Então, precisamos ter informações acessíveis para realizar um monitoramento contínuo dessas estruturas”, explicou o superintendente.
O diretor-geral do Daer, Rogério Uberti, acrescentou que o programa de vistorias tem resultado, ainda, em economia para o Estado. “Esse trabalho permite agir de forma preventiva e detectar problemas antes que se agravem. Com isso, podemos pôr em ação medidas simples e com menor custo, mas que, da mesma forma, prolonguem a vida útil das pontes e dos viadutos que administramos”, especificou.
Júlio Cunha Neto