Defesa diz que jovem preso por atos neonazistas em Tramandaí é autista e sofre TOC

Um jovem de 23 anos, suspeito de atos neonazistas e preso em janeiro deste ano em Tramandaí, teve pedido de habeas corpus negado em junho e um pedido de reconsideração também negado neste mês.

Indiciado por terrorismo após investigação de participação em grupo na deep web — lado não regulamentado da internet — e por ameaças a políticos, ele foi denunciado pelo Ministério Público e agora responde a processo judicial.

Devido ameaças a políticos, apologia ao nazismo e à ditadura, ele responde por terrorismo, conforme a Lei 13.260 de 2016.

Segundo Zero Hora, a defesa fez o pedido de habeas corpus e de encaminhamento para prisão domiciliar, alegando que o preso sofre agressões constantes e já foi trocado várias vezes de cela no presídio de Osório.

De acordo com seus advogados, o réu é autista e sofre de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).

O acusado que está na Penitenciária de Osório, foi alvo de mandado de prisão em janeiro e também de outro mandado judicial, em setembro do ano passado, quando teve vários materiais apreendidos, entre eles, um capacete da Legião Hitlerista.

Ele foi apontado como um dos 40 gaúchos que integram grupo neonazista na Deep Web, o lado obscuro da internet, além de criar perfis nas redes sociais que incitavam o ódio a judeus, negros e outros grupos.

O inquérito foi realizado pela delegada Andrea Mattos, da Delegacia de Combate à Intolerância de Porto Alegre.

Segundo ela, houve o entendimento de que os atos cometidos por ele estão enquadrados na Lei Antiterrorismo.

O caso

Policiais Civis de Tramandaí, coordenados pelo Delegado Alexandre Souza, cumpriram mandado de busca e apreensão, na casa de um jovem, de 21 anos, suspeito de cometer o delito de apologia ao nazismo, em setembro de 2021.

Foram apreendidos HD’s, celular, computador, rádios comunicadores, pendrives, canivete, nunchaku, cartão de memórias, capacete, touca, entre outros itens.

Os materiais apreendidos serão analisados pela Polícia Civil.

Em depoimento, o suspeito declarou que não é nazista, como também não fez apologia ao nazismo, apenas fez o vídeo de “zoeira”; entretanto confessou que realizou a saudação nazista por ser admirador de Adolf Hitler.

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