Dengue no RS: Secretaria da Saúde divulga perfil dos óbitos e recomendações
A Secretaria da Saúde (SES) do Rio Grande do Sul publicou uma nota informativa nesta quinta-feira (18/4) sobre o perfil dos óbitos por dengue no estado.
Os dados, compilados pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), destacam recomendações para a população e profissionais de saúde, visando uma maior atenção aos sintomas e ao tratamento conforme os protocolos.
A análise dos primeiros 73 óbitos por dengue no ano, número atualizado para 81 na quinta-feira (17/4), mostrou que a maioria dos casos ocorreu em pessoas com 60 anos ou mais.
Os sintomas mais comuns entre os óbitos foram febre, dor muscular, dor de cabeça e náuseas. As doenças preexistentes mais relatadas foram hipertensão, diabetes, cardiopatia e doença pulmonar obstrutiva crônica.
Entre os sinais de alerta da doença, foram identificados plaquetopenia, hipotensão postural, lipotimia, dor abdominal intensa, letargia ou irritabilidade, pulso débil ou indetectável, extremidades frias, taquicardia e hipotensão arterial.
Para os casos graves, os sintomas mais frequentes foram pulso débil ou indetectável, extremidades frias, taquicardia e hipotensão arterial.
A análise também apontou que os pacientes demoram cerca de 2,6 dias após o início dos sintomas para procurar o primeiro atendimento e, após, cerca de 4,4 dias até ocorrer a hospitalização.
Os óbitos acontecem em média 8,3 dias após o início dos primeiros sintomas.
Os fatores que podem levar ao óbito por dengue incluem o não reconhecimento dos sinais de alarme pela população e pelos profissionais de saúde, procura tardia do paciente pelo serviço de saúde, manejo clínico inadequado, entre outros.
Diante desses dados, a SES orienta que os gestores municipais organizem seus fluxos dentro dos serviços de saúde, capacitem todos os profissionais da área assistencial e disponibilizem exames indiretos (como hemograma) em tempo oportuno e em quantidade adequada.
A população deve ser comunicada clara e repetidamente sobre riscos, sintomas, sinais de alarme, hidratação e demais orientações sobre a dengue.
Em março deste ano, o governo do Estado anunciou iniciativas para reforçar o atendimento a pacientes suspeitos de dengue, como um painel on-line de suporte aos profissionais de saúde e a autorização para profissionais de enfermagem requisitarem exames nos casos suspeitos.
Aos municípios, foi realizado um repasse extraordinário de R$ 13,8 milhões para reforçar as ações de vigilância e assistência no combate à dengue e outras arboviroses.
Essas medidas visam garantir um atendimento eficaz e adequado aos pacientes com dengue, evitando complicações e óbitos decorrentes da doença.
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