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Depois do Banco do Brasil, Caixa anuncia redução dos juros para pessoas físicas e empresas

Depois do Banco do Brasil, na semana passada, foi a vez da Caixa Econômica Federal avisar ao mercado que reduziu as taxas de juros cobradas dos clientes nas operações de crédito. Assim, a Caixa também passa a reforçar a política do governo de pressionar o sistema finaceiro para que reduza o spread bancário, que é a diferença entre o custo do dinheiro que banco capta dos investidores e as taxas que oferece a quem precisa de crédito.

Coube ao presidente da Caixa, Jorge Hereda, informar que os clientes contam com juros mais baixos no cheque especial, cartão de crédito, crédito direto ao consumidor (CDC), crédito consignado e financiamento de veículos, além da disponibilidade de um novo cartão para aqueles que recebem salário pelo banco estatal.

O objetivo dos dois bancos estatais é induzir os bancos privados a também oferecer taxas mais baixas para o público em geral. A Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) está negociando uma audiência com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, para discutir a questão ainda esta semana.

Ao anunciar as mudanças, na capital paulista, o presidente da Caixa disse que a redução dos juros chega a 88% ao ano e o volume de recursos destinados às operações de crédito aumentou 24% em relação ao ano passado, totalizando R$ 300 bilhões este ano. Hereda ressaltou que as medidas foram pautadas por critérios técnicos, amparados na análise da carteira de crédito e no nível de risco das operações.

“Queremos ampliar a base de clientes com a estratégia de dar melhores condições de crédito e menores juros do mercado. A Caixa é a quarta carteira de crédito do país e queremos ser a terceira até o fim do ano”.

Clientes de outros bancos também poderão se beneficiar das taxas de juros mais baixas do banco estatal. A Caixa lançou um plano para estimular as pessoas a renegociar dívidas caras, mesmo contraídas em outras instituições bancárias, por dívidas com taxas de juros mais baixas ou prazos mais longos.

Para o cheque especial, os juros passam de 8,25% ao mês (a.m.) para 4,27%, podendo chegar a 1,35% dependendo do relacionamento do cliente com o banco. Quem têm crédito salário terá redução da taxa de 8,185 a.m. para 3,5% a.m. No ano, a redução deve chegar a 67%. Segundo a Caixa, serão beneficiados 5 milhões de clientes que já usam o cheque especial.

Para o cartão de crédito nacional (para uso exclusivo no Brail), os juros devem cair dos atuais 12,86% para 9,47% ao mês. Para o cartão internacional, a taxa cai de 12,17% para 8,8% a.m. No caso do Cartão Azul Caixa, para clientes que recebem o salário pelo banco, a taxa de juros mensal vai ficar em 2,85% a.m., queda de 87% na taxa anual.

Para o CDC e o crédito consignado, a redução anual será 34%. No CDC, as taxas foram reduzidas de 5,4% para 3,88%. Para os clientes com conta-salário, a redução anual chega a 54%, passando de 4,65% a.m. para 2,39% a.m.  De acordo com dados da Caixa serão beneficiados 4,2 milhões de clientes.

No consignado, a taxa passou de 2,82% para 1,95% ao mês. Para os aposentados, caiu de 2,14% para 1,8%, beneficiando 15 milhões de pessoas.

A taxa para o financiamento de veículos foi reduzida de 1,19% para 0,98%.

Para pessoa jurídica, as taxa passam de 2,72% para 0,94% ao mês, redução de 68,73% do custo anual. Serão destinados R$ 8 bilhões para financiar capital de giro. O prazo máximo de pagamento foi estendido de 18 para 40 meses e os limites de contratação passaram de R$ 60 mil para até R$ 1 milhão. A Caixa prevê beneficiar 680 mil empresas.

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