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Depois do Verão

O último texto produzido foi em dezembro. Janeiro e fevereiro foram destinados a atividades materiais que não me permitiram nem pensar, quanto mais a escrever. Foram dois meses  navegando por instrumentos e com o piloto automático, na maioria das vezes, ligado.

Mas aqui estou de volta. Este é o meu o mundo e este é o caminho no qual me sinto melhor, para conhecer o mundo.  De dezembro de 2009 para cá, tanta coisa aconteceu. Houve os terremotos do Haiti, e do Chile e alguns, menores, em outras geografias. No plano Politico do Brasil, tudo ficou igual, com a diferença de que prenderam o Governador de Brasilia. Certamente  no jogo de forças que impedem que os politicos sejam responsabilidados a corda do Arruda era a mais fraca. Houve morte, por greve de fome, em Cuba, e fico por aqui embora tenham havidos outros eventos…

Já, em março, aqui no estado, os jornais noticiaram que o repórter Giovani Grizotti, quando fazia uma reportagem sobre os Deputados que assinam o Ponto e saem do local de trabalho,foi agredido pelo Deputado Dionilson Marcon, do PT que o  impediu do continuar no exercicio de sua profissão.

Mas que coisa  estranha para não dizer surrealista! Sua excelencia, o Deputado Marcon, um icone do PT, agindo como se fosse um Ditador ou um General de 1964, cujos atos o PT e o proprio Deputado sempre condenaram. Isto nos leva a crer que o PT, após um longo tempo de transformações que o levou de um Partido de Esquerda  a um partido adesista que  para defender  interesses particulares e subalternos, faz alianças inconcebíveis. E, para manter-se no poder chega, agora, ao mais baixo nível de degradação politica quando, para esconder atos indefensáveis , descamba pela trilha nefasta da supressão das liberdades. E suprime aquelas pelas quais mais lutou e que resultam na liberdade de imprensa e de livre exercicio profissional.

A atitude do deputado Dionilso Marcon além de ser um ato arbitrário é um farol que se acende  e  sinaliza a possibilidade de que venhamos a ter atentados contra a Democracia, cuja conquista e cuja mantenança é do povo brasileiro. Por esta razão o ato do deputado é vergonhoso e mancha  a história do parlamento gaucho que em qualquer tempo esteve, sempre, a frente da lutas pela liberdade, principalmente a liberdade  de imprensa, que caminha junto com todas as liberdades. Mancha a história do Rio Grande que é uma historia da defesa da Democracia. Não mancha o seu partido porque se pudesse manchá-lo mais, a nova mácula se confundiaria com as cores das manchas anteriores que levaram a sua  bandeira e a sua historia a não  ter mais como ser limpa.

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