Bolo está sob análise.
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Desavenças antigas e arsênico 2,7 mil vezes maior: o drama do bolo envenenado em Torres

O caso do bolo envenenado em Torres, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, trouxe à tona uma tragédia marcada por suspeitas, veneno e desavenças familiares que se arrastam há décadas.

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A perícia confirmou que o arsênico presente no bolo, responsável por três mortes e três tentativas de homicídio, estava na farinha usada na preparação da sobremesa.

A diretora-geral do Instituto-Geral de Perícias (IGP), Marguet Inês Hoffmann Mittmann, descartou qualquer possibilidade de contaminação acidental, apontando que a concentração do veneno era 2,7 mil vezes maior do que o normal em situações fortuitas.

Relações Familiares e Divergências Antigas

O delegado responsável pelo caso, Marcos Vinícius Veloso, revelou que as investigações identificaram uma pessoa como principal suspeita.

Segundo ele, embora a convivência familiar fosse pacífica, desavenças com essa pessoa já duravam mais de 20 anos.

A suspeita foi presa no domingo (5) por triplo homicídio duplamente qualificado e tentativa de triplo homicídio, após buscas realizadas em sua residência.

Durante uma coletiva de imprensa realizada em Capão da Canoa, o secretário de Segurança do Estado, Sandro Caron, afirmou que há indícios concretos contra a suspeita.

O nome da mulher não foi divulgado, mas seria nora da mulher que preparou o bolo e ainda está internada da UTI.

A prisão foi coordenada pela equipe do delegado Veloso.

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O Veneno no Bolo

A análise pericial confirmou quantidades elevadíssimas de arsênico — um veneno comumente usado como inseticida — no doce consumido pelas vítimas. A substância, altamente letal, foi identificada na farinha utilizada no preparo, eliminando a hipótese de deterioração natural dos ingredientes.

Manifestação da Defesa

Na manhã de segunda-feira (6), a equipe de defesa da suspeita divulgou uma nota oficial. Os advogados Manuela Almeida, Vinícius Boniatti e Gabriela S. Souza afirmaram que ainda não tiveram acesso integral às investigações. Segundo o comunicado, a defesa se manifestará de forma mais ampla assim que obtiver todas as informações sobre o caso.

Nota da Defesa

“A defesa de D.M.A, presa temporariamente por suspeita de envenenamento no caso do bolo ocorrido na cidade de Torres/RS, informa que possui representação legal e prestou atendimento à cliente. Entretanto, até o presente momento, não teve acesso completo às investigações, o que impede comentários mais detalhados no momento.”

O caso continua sob investigação, enquanto a comunidade local acompanha atentamente os desdobramentos dessa tragédia que abalou o Litoral Norte.

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