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Descoberta de novo fenômeno pode explicar últimos acontecimentos climáticos no RS

Cientistas identificaram um novo fenômeno climático emergente no Oceano Pacífico Sudoeste subtropical, na região entre Austrália e Nova Zelândia, que está se espalhando por todo o Hemisfério Sul.

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Denominado Onda Número 4 do Padrão Circumpolar do Hemisfério Sul (SST-W4), esse fenômeno tem sido comparado ao El Niño devido à sua formação semelhante.

Embora já tivessem sido observadas flutuações na temperatura das águas do Pacífico Sudoeste, esta é a primeira vez que o fenômeno foi simulado e compreendido em profundidade.

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O estudo, publicado no Journal of Geophysical Research: Oceans, utilizou o avançado modelo acoplado SINTEX-F2, que simulou 300 anos de mudanças climáticas.

Os pesquisadores acreditam que a descoberta deste novo “interruptor” climático pode ser crucial para explicar os recentes eventos climáticos observados no Hemisfério Sul.

Além disso, a descoberta promete aprimorar as previsões climáticas, tornando-as mais precisas.

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A climatologista Karina Lima, doutoranda pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), destaca a importância dessa descoberta para a compreensão do clima global.

“Apesar de o SST-W4 ocorrer em uma área relativamente pequena do oceano, sua influência no clima do Hemisfério Sul, e consequentemente no clima global, é significativa. Compreender esse fenômeno nos ajudará a desvendar o complexo sistema climático da Terra”, afirma Karina.

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Funcionamento do Fenômeno

O SST-W4 é desencadeado pelo aquecimento da superfície do mar em uma área específica do Pacífico Sul, o que gera um padrão de ondas com quatro centros positivos alternados na atmosfera, formando um círculo completo ao redor do Hemisfério Sul.

Essas ondas atmosféricas interagem com a superfície do oceano, trocando calor, e são transportadas pelos ventos do oeste, resultando em oscilações de temperatura em todo o hemisfério.

Comparação com El Niño e La Niña

Embora o SST-W4 seja comparável ao El Niño e ao seu oposto, La Niña, devido às suas interações entre o oceano, a atmosfera e os ventos oceânicos, ele opera de forma independente.

Os cientistas acreditam que o SST-W4 já existia há tempos, mas apenas agora foi identificado.

A sua origem também é distinta, ocorrendo mais ao sul do que os outros dois fenômenos.

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