Direito de Resposta
Caro Júlio,
Somente hoje, após comentários generalizados, acabei por ler sua coluna de 06 de fevereiro passado, e confesso que, quando encerrei a leitura, estava magoado e sentido; Primeiro, porque sempre mantive uma simpatia por tua pessoa, observando uma pessoa dinâmica, batalhadora, tanto que em todas as vezes que concorri sempre me socorri em tua empresa para algum apoio na parte de publicidade.
Sou filiado no PP, desde que o mesmo se chamava PDS, isto é, desde 1980, e naquela época eu era jovem, muito jovem, e sempre fui respeitado e tive o espaço que julgava merecer.
Sou pré-candidato à majoritária do partido, situação que se define na convenção partidária de junho, posso sair candidato, e se for à vice, garanto que posso fazer um trabalho qualificado e dar continuidade a uma administração, não podendo concordar que o PP teria um prazo de validade de oito anos.
Outro assunto é sobre as coligações, não atribua a vaidade e sim a idealismo, uma vez que o primeiro assunto de coligações é sobre o loteamento de cargos municipais e não a idéias administrativas. A grande coligação ocorrida no ano de 2000 e hoje na administração do município deu-se por reconhecer que se fazia necessário àquela união para vencer as eleições. Declaro que estamos abertos sempre a coligações, desde que primeiro se discuta idéias de crescimento para o município e depois, vencido o pleito, preencha-se os cargos, em comum acordo, dentro das pessoas mais habilitadas para cada função, isso seria errado?
Mais, não é também verdadeira a sua afirmativa de sermos individualistas por não abrir espaço no legislativo para os suplentes, fui vereador por oito anos, e os meus suplentes sempre tiveram oportunidades de assumir, no mínimo uma vez a cada ano, e nesta legislatura, os dois primeiros suplentes tiveram oportunidade de assumirem.
Outra injustiça é atribuir quatro meses de atraso salarial a administração de 1996/2000 (prefeito Paulo Bier), não é verdade, assumimos a prefeitura com cinco folhas em atraso, situação idêntica no Hospital Municipal, atraso herdado dos partidos que compõe a majoritária da atual administração (que pelo q vejo não merecem sua crítica), lutamos muito, com muito desgaste, pois, os funcionários acreditavam que colocaríamos em dia no primeiro ano, mas, na prefeitura isso se deu somente no último mês de administração, e no hospital, recuperamos apenas 3,2 folhas, mas, pagamos todos os meses pelo menos um vencimento. Porém, como concorremos e ganhamos, não ficamos lamentando as folhas atrasadas, mas, não foi a nossa administração que atrasou, salário é coisa sagrada.
Quando fui presidente do Hospital Municipal, recebi apoio de pessoas de todos os partidos, e preenchi os cargos com pessoas de todos os partidos também, de acordo com suas qualificações profissionais, e posso provar tudo o que digo. Acho que coligar apenas para vencer é desrespeito com o eleitor, cada partido deve concorrer sozinho, com seus ideais, e se vencer, convocar os demais para sustentar o desenvolvimento.
Encerro dizendo que a “História de Coronéis” já acabou, e o voto secreto não permite cabresto, e te convido com a legitimidade de vice-presidente que sou do PP a ir uma de nossas reuniões, que ocorre em nossa sede todas às quintas-feiras, e verás que está muito enganado quando de refere ao Partido Progressista, que existe há muito tempo, com grande História, fatos desagradáveis e com muitas vitórias, com políticos que nos envergonham no cenário nacional, e outros que tanto enobrecem a Nação, isso somente quando se faz história acontece. Paulo Bier chegou depois, por suas qualidades conquistou seu espaço, todos passarão na História, porém, ela continua sendo escrita.
Sinto ter que estar respondendo para ti, mas, tenho certeza que foste infeliz nas tuas colocações, talvez pelo desconhecimento ou por informações erradas. Seja crítico, porém, respeite a história de cada cidadão que se doa no que faz, se me achas incapaz, justifique, não simplesmente me ataque.
Toninho Selistre – Vice Presidente do Partido Progressista de Santo Antônio da Patrulha