Discrepâncias – Nilton Moreira
Vemos pessoas boas, de coração caridoso, como se diz aquelas que só fazem o bem, não falam mal de ninguém e procuram ajudar a quem precisa com palavras de carinho, e muitas vezes até dando amparo material. Este tipo de pessoa existe por toda parte do mundo e muitas vezes nem são notadas, pois elas também têm uma particularidade enaltecedora que é a de não fazerem questão de se mostrarem, exteriorizando apenas a humildade que lhes é própria.
Por outro lado temos as pessoas que são as verdadeiras “cheguei”. Gostam de serem notadas, exteriorizam o orgulho do que fazem de bem a outrem, e geralmente praticam a caridade com intenção de obter um retorno que pode ser até material, mas muitas vezes esperam sim serem reconhecidas pelo Criador. Também estão por todos os cantos do Globo.
O interessante é que notamos muitos seres de boa vontade, que se preocupam com o próximo como Jesus aconselhou, mas que sofrem durante períodos da vida e não raras vezes padecem de injustiças, e carecem de recursos materiais, enquanto que as de má índole que passam a maior parte da vida praticando o mal e nem se preocupando com as tristezas a sua volta, tem uma vida boa, com recursos financeiros suficientes, o que nos leva a refletir o motivo de tais discrepâncias.
Se efetivamente tivéssemos uma vida apenas não haveria motivos para que fossemos benevolentes e caridosos, pois como alguns pensam, bastaria chegar ao fim desta vida e pedir perdão e tudo estaria resolvido, ou seja, todas as maldades feitas, com o arrependimento estariam tudo solucionado.
Mas grande parcela da população Terrena sabe que não funciona assim. Todo o mal praticado gera com esta ação uma reação, e certamente o arrependimento e a demonstração sincera de pedido de perdão ao Pai é levada em consideração, mas deveremos ter de reparar o mal causado, pois do contrário não haveria evolução de nossa parte, e não estaríamos exercendo a prática de extirpar de nós o orgulho.
Certamente as pessoas que são humildes e já desenvolvem a caridade sincera, e mesmo que vivendo na pobreza não se rebelam com Deus, já atingiram uma escala evolutiva maior que aquelas que ainda se comprazem no mal, mesmo vivendo na abastança.
Fixemos no exemplo do Mestre nossos objetivos, para assim sermos melhores.