Colunistas

E agora José?

Os colunistas deste portal estão produzindo numa velocidade espantosa, pois meu mais recente texto foi postado faz pouco mais de 48 horas e já está dando lugar a outros, passando a um segundo plano onde fica arquivado ou estou eu produzindo muito pouco em termos de volume. Sei lá.

Hoje é sábado e me faz lembrar a poesia E agora, José?

E agora, José?

A festa acabou,

a luz apagou,

o povo sumiu,

a noite esfriou,

e agora, José ?

e agora, você ?

você que é sem nome,

que zomba dos outros,

você que faz versos,

que ama protesta,

e agora, José ?

Está sem mulher,

está sem discurso,

está sem carinho,

já não pode beber,

já não pode fumar,

cuspir já não pode,

a noite esfriou,

o dia não veio,

o bonde não veio,

o riso não veio,

não veio a utopia

e tudo acabou

e tudo fugiu

e tudo mofou,

e agora, José ?

E agora, José ?

Sua doce palavra,

seu instante de febre,

sua gula e jejum,

sua biblioteca,

sua lavra de ouro,

seu terno de vidro,

sua incoerência,

seu ódio – e agora ?

Com a chave na mão

quer abrir a porta,

não existe porta;

quer morrer no mar,

mas o mar secou;

quer ir para Minas,

Minas não há mais.

José, e agora ?

Se você gritasse,

se você gemesse,

se você tocasse

a valsa vienense,

se você dormisse,

se você cansasse,

se você morresse?

Mas você não morre,

você é duro, José !

Sozinho no escuro

qual bicho-do-mato,

sem teogonia,

sem parede nua

para se encostar,

sem cavalo preto

que fuja a galope,

você marcha, José !

José, pra onde ?

Carlos Drummond de Andrade

Lá pelo ano de 700 AC, dois irmãos, Rômulo e Remo decidiram fundar uma cidade na região do Lácio onde hoje se situa a Itália. Eles eram dois aventureiros sem vínculos familiares, pois filhos de uma puta. Visualizaram a área compreendida entre as sete colinas, das quais três os nomes recordo. Eram Quirinalem, Viminalem e Esquilinum. Passaram-se vinte e sete séculos ou 2.700 anos e quanto evoluímos como sociedade?

Penso que muito pouco, pois a selvageria é praticamente a mesma, porém mais sofisticada. Na velha Roma o homossexualismo era uma prática bastante comum e aceita com naturalidade. Hoje penso seja tão grande quanto foi no passado, mas a sociedade hipocritamente faz questão de não aceitar tal comportamento, pelo menos da boca pra fora.

Os nobres romanos nas suas festas, depois de comerem e beberem durante três dias, quando do encerramento mandavam que lhes trouxessem um efébo (se você não sabe o que seja um efébo, leia mais ou vá ao oráculo) e o traçavam na frente de todos demonstrando assim sua virilidade.

Hoje coincide que clérigos de determinada instituição religiosa, esta criada cerca de mil anos depois da fundação de Roma praticam tal com meninos de escolas mantidas pelo império. E os escândalos começam a pipocar em todos os continentes.

E aqui entra a Internet como excelente veículo, pois as notícias não podem mais ser controladas como ocorre nos grandes grupos de comunicação em que só é veiculado aquilo que se encaixe com a linha editorial dos mesmos.

A Internet infelizmente é usada para fraudes e pornografia. Portanto os pais que tenham Internet a qual os filhos, crianças e adolescentes, tenham acesso devem ter um cuidado muito grande sobre os conteúdos. Felizmente já há programas a serem instalados que permitem limitar os acessos.

Não tenho nada pessoalmente contra o comportamento sexual de quem quer que seja. Apenas penso que os casais homossexuais, sejam compostos por homens ou mulheres devam ter comportamento respeitoso em público e depois de fechada a porta do cômodo, a mim e penso que a todos pouco importa quem fatura quem. Infelizmente sempre há os que se preocupam com a conduta sexual de terceiros. Quais as razões eu levam alguns a esta preocupação confesso que não tenho a mínima idéia. Talvez lhes sobre tempo demais, sei lá.

Agora ao traçar estas linhas lembro-me do monstro de Goiás que matou quatro adolescentes e que havia sido beneficiado com a progressão de regime. Lembro igualmente do bandido Claudio Adriano Ribeiro, conhecido pela alcunha de Papagaio. Lembro que esse verme faz cerca de um ano pretendeu cumprir o resto de sua pena no Ceará por que aqui se sentia perseguido.

Quando tal foi veiculado em ZH comentei no www.praiadexangrila.com.br que dito, qualificando este patife como f.d.p. Penso que no mesmo dia entraram dois comentários de uma senhora que depois soube ser advogada dele, a qual não aceitava que o criticasse desta forma. Por que não? Este tipo matou um cidadão honesto ao roubar um banco em Parobé e conseguiu algo inédito, ou seja, ?fugiu? da PASC, algo impossível.

Fugiu e até hoje não houve divulgação do resultado da sindicância instaurada para apurar esta fuga. Até penso que tenha sido fugado. O estado deve esta explicação à sociedade.

Lembro da dificuldade dos colegas do DEIC para recapturá-lo. Sei que passaram diversos dias dormindo em dunas e comendo bolachas e água mineral lá em Ibiraquera/SC até poderem enjaular esse patife mais uma vez.

Mas ele fugiu, penso que mais de uma vez desde que beneficiado com a progressão de regime, a mesma que permitiu ao monstro de Goiás voltar ao convívio da sociedade. Não estaria na hora do Congresso terminar com esta duvidosa progressão de regime?

Comentários

Comentários