É possível viver em um mundo de competição sem SER competitivo?
Escrito por Deise Aur
Apesar de vivermos em um mundo competitivo e utilitarista existem muitas pessoas que simplesmente não são competitivas e intimamente querem viver uma vida simples e pacífica, sem querer SER melhor ou estar acima de ninguém, simplesmente SER elas mesmas, com o que sabem fazer e com o que se sentem bem em viver.
Enquanto existem pessoas que ficam confortáveis em competir e dominar o próximo, o mercado ou a audiência, outras apreciam desenvolver suas habilidades e serem úteis, sem a preocupação de buscar SER mais, imperar no mercado ou ter mais audiência que os demais.
Existem aqueles que acreditam em uma existência mais pacífica, justa e igualitária, na qual prevaleça o respeito, a individualidade e a diversidade, para que possa existir a troca e o intercâmbio mútuos de talentos e habilidades entre os seres, sem a preocupação de ser melhor e ter mais que os outros.
A sociedade que fazemos parte prioriza status quo, CEO disso e CEO daquilo, doutorados, mestrados, enfim, quanto mais títulos e certificados, mais você é valorizado no mercado de trabalho e distinto no cenário social, mas, de fato, para um ser humano ser valorizado isso é fundamental???
Além do mais, será que ter views, seguidores, curtidas, patrimônios e domínio imperialista no mercado é mais importante do que ser humano de verdade com todas as sua implicações, contradições e fragilidades?
Entre competir e deixar o outro para trás e procurar viver com mais humanidade e comunhão o que é melhor?
Entre disputar para ter mais e mais e contribuir para provocar mais exploração e desigualdade ou ser e criar condições e se adaptar para uma realidade mais justa e humana, o que é preferível?
Cada um de nós tem sua Luz própria e pode brilhar do seu jeito peculiar, com sua expressão individual, vocação e talento, nessa diversidade todos somos UM!
Por isso, é justo valorizar também aqueles que com seu suor e energia constroem edificações ou aqueles que dedicaram suas existências para “construírem” seres humanos e aos anônimos que trabalham e servem para essa sociedade que tanto preconiza a competição e desvaloriza a dedicação deles!
Por que continuar só valorizar os que são competitivos e dominadores e esquecer dos que servem e trabalham com o que têm de melhor, sua energia e os seus talentos?
Como diz o líder espiritual do Tibete, Dalai Lama:
“O planeta não precisa de mais pessoas bem-sucedidas, o planeta precisa DESESPERADAMENTE de mais pacificadores, curadores, restauradores, contadores de histórias e amantes de todos os tipos. ”
Seguindo essa linha de pensamento, nosso mundo está carente de simplicidade, sutileza, leveza, sacralidade, poesia, sensibilidade, transparência, sinceridade, solidariedade sem interesse e autenticidade espontânea e natural.
Valorizar o simples é valorizar aqueles que doam suas vidas e não são valorizados, por conta de uma sociedade que enaltece mais a ostentação, as aparências e o marketing inescrupuloso, dando combustível para essa roda da competição passar por cima dos que, mesmo com pouco recursos, fazem a diferença e não são reconhecidos.
Ainda bem que hoje em dia várias pessoas estão despertando para essa realidade e saindo desse condicionamento promovendo atitudes contrárias ao que a sociedade dita desde tempos remotos.
Mesmo sabendo que a competição faz parte da organização de uma sociedade, podemos minimizar seus efeitos de desigualdade, ganância e injustiça social, valorizando aqueles que não estão em evidência ou no poder: pessoas simples, mas, que não deixam de ser Estrelas ambulantes!
Sim, cada um de nós é uma Estrela, tem a sua Luz e Energia e consequentemente o seu brilho, assim como, as estrelas que podem ser vistas no céu noturno e nem sempre as pessoas olham, pois, estão identificadas com os problemas terrenos.
Para uma inspiradora e poética reflexão, assista esse vídeo com a mensagem Somos Estrelas, narrada por Antonio Pereira, apresentador do programa Mundo Incrível na Rádio Inverso:
Quantos Universos ou Estrelas ambulantes andam nesse planeta e não foram desvendados e reconhecidos?
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Reflita e pense nisso!
Que a Estrela que somos brilhe cada vez mais e não se ofusque pela nebulosidade do medo, da ganância, da frieza, da indiferença e da ignorância!