Egito desaconselha representante da União Europeia a visitar o país
“O ministro dos Negócios Estrangeiros disse que não quer visitantes no Cairo em fevereiro porque a agenda [das autoridades] está muito carregada. Eles têm uma agenda interna muitoocupada”, informou a assessoria da representação europeia.
De acordo com assessores, Catherine planejava reuniões com segmentos da oposição, incluindo a Irmandade Muçulmana, assim como o vice-presidente da República do Egito, Omar Suleiman – principal negociador do governo com os oposicionistas. Não havia previsão de reuniões com Mubarak.
Ela deve seguir para Tunísia na próxima segunda-feira (14) e pretendia ir para o Egito, em seguida. As crises políticas na Tunísia e no Egito viraram temas de discussões na União Europeia e no Parlamento Europeu.
Na semana passada, os cinco maiores países da União Europeia – Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Espanha – aprovaram uma declaração conjunta pedindo uma transição política imediata no Egito.
Paralelamente, o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, lançou mensagens de apoio a Mubarak contrárias ao comunicado da União Europeia. O primeiro-ministro da Bélgica, Yves Leterme, repreendeu Berlusconi. “A Europa deve falar a uma só voz, a voz de Catherine Ashton.”
O presidente do conselho europeu, Herman Van Rompuy, também lamentou as mensagens consideradas “demasiadas dispersas” dos governos europeus sobre o Egito e a Tunísia.