El Niño 2023-2024: pico de intensidade superado, mas fenômeno segue ativo
Após 28 semanas consecutivas com intensidade forte ou muito forte, o El Niño 2023-2024 entrou em fase moderada, segundo dados da MetSul Meteorologia. A anomalia de temperatura da superfície do mar no Pacífico Equatorial Central está em 1,3ºC, dentro da faixa moderada.
O pico de intensidade do evento foi em novembro de 2023, com anomalia de 2,1ºC. Entre janeiro e fevereiro, o El Niño começou a perder força, mas ainda com anomalias na faixa de forte intensidade.
O que esperar para os próximos meses?
As condições quentes no Pacífico ainda devem permanecer por algum tempo. Projeções da Universidade de Columbia indicam:
- Março a maio: 83% de chance de El Niño, 17% de neutralidade e 0% de La Niña.
- Abril a junho: 27% de chance de El Niño, 72% de neutralidade e 1% de La Niña.
- Maio a julho: 9% de chance de El Niño, 71% de neutralidade e 20% de La Niña.
Impactos do El Niño no Brasil
- Sul: Aumento do risco de chuva excessiva e enchentes.
- Norte e Nordeste: Diminuição do risco de seca e aumento da pluviosidade.
Eventos históricos
- 2015-2016: El Niño de forte intensidade, conhecido como “Godzilla”, causou grandes enchentes no Sul do Brasil.
- 1800: Pescadores peruanos notaram a aparição de uma corrente oceânica quente a cada poucos anos, coincidindo com o Natal. O evento foi chamado de El Niño, que significa “o menino” em espanhol.
O que são El Niño e La Niña?
- El Niño: Aquecimento das águas da superfície do Pacífico Equatorial e enfraquecimento dos ventos de Leste.
- La Niña: Resfriamento das águas da superfície do Pacífico Equatorial e intensificação dos ventos de Leste.
Consequências:
- El Niño: Tempestades severas, clima ameno, seca, inundações, fome, conflitos políticos.
- La Niña: Estiagem, enchentes, perdas de produtividade agrícola.
Monitoramento:
- NOAA: Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (Estados Unidos).
- Universidade de Columbia: Projeções de probabilidade do El Niño/La Niña.
Receba as principais notícias no seu WhatsApp