Eles estão de volta: Rio Grande do Sul monitora riscos com gafanhotos na Argentina
A Argentina emitiu um alerta fitossanitário nesta semana devido à proliferação de gafanhotos na região Norte do país.
O anúncio, feito pelo Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa), busca controlar e reduzir o impacto desses insetos na produção agrícola argentina.
Embora a medida seja preventiva, o coordenador-geral de Contingências e Emergências do Senasa, Héctor Medina, alerta para a possibilidade de formação de nuvens migratórias no curto prazo, exigindo ação rápida e eficiente para conter a praga.
No Rio Grande do Sul, por enquanto, não há risco iminente da aproximação dos gafanhotos. Ricardo Felicetti, diretor do Departamento de Defesa Vegetal da Secretaria da Agricultura do Estado, afirma que estão monitorando a situação de perto.
O crescimento do número de insetos foi detectado em regiões como Formosa, Salta, Santiago del Estero e Catamarca, na Argentina, além da Bolívia e do Paraguai.
Os gafanhotos sul-americanos, nativos do continente, habitam a Região do Chaco, na tríplice fronteira entre Argentina, Paraguai e Bolívia.
Esses insetos, quando formam nuvens migratórias, podem se deslocar aproveitando correntes de ar quente, percorrendo mais de 150 quilômetros por dia.
A possibilidade de retorno do La Niña no segundo semestre acende o alerta sobre a praga.
Em junho de 2020, nuvens de gafanhotos percorreram o país, e a produção agrícola sujeita a risco de gafanhotos na Argentina chega a 3,7 bilhões de dólares, segundo análise do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA).
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