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Em carta, Fujimori reitera pedido de perdão ao governo do Peru

Condenado a 25 anos por mortes e sequestros, além de casos de corrupção ocorridos durante seu governo, o ex-presidente do Peru Alberto Fujimori (1990-2000) escreveu uma carta endereçada ao atual presidente Ollanta Humala, reiterando o pedido de perdão por seus crimes para que cumpra as penas em prisão domiciliar. Recentemente, o pedido foi encaminhado pelos filhos de Fujimori ao governo. Agora é a vez de o ex-presidente reforçar a solicitação.

A carta foi publicada ontem (30) nos principais jornais peruanos. No texto, o ex-presidente ratifica o pedido de perdão, alegando dificuldades em cumprir as penas na prisão por sofrer há anos de um câncer na língua.

A correspondência encerra uma série de boatos de que Fujimori teve a assinatura adulterada em outra correspondência.  “Do ponto de vista estritamente jurídico, isso não é necessário, no entanto quero remover todas as dúvidas e mal-entendidos sobre os meus desejos a esse respeito”, disse o ex-presidente na carta.

Anteontem (29), o promotor Julio Arbizu disse que era fundamental a assinatura de Fujimori em um documento ratificando o desejo de receber o indulto. O advogado de defesa do ex-presidente, César Nakazaki, confirmou a veracidade da carta.

Uma comissão designada pelo presidente da República e vinculada ao Ministério da Justiça analisa o pedido. A aplicação do indulto humanitário foi apresentada pelos quatro filhos do ex-presidente, alegando problemas de saúde e a gravidade do estado geral do pai.

Em 2009, Fujimori foi condenado a 25 anos de prisão sob a acusação de homicídio qualificado, sequestro agravado e corrupção. No mês passado, ele foi submetido a uma cirurgia devido a uma lesão recorrente na língua. Depois, retornou à clínica para resolver problemas decorrentes da cirurgia.

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