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Enchentes no RS: cheia histórica muda mapa do estado

As enchentes sem precedentes deste mês de maio no Rio Grande do Sul têm causado transformações significativas no mapa do estado, com rios transbordando e vastas áreas inundadas.

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As regiões mais afetadas incluem o Sul do estado e a bacia do Jacuí.

Imagens de satélite da NASA capturadas ontem à tarde mostram em alta resolução como a paisagem no Centro-Sul gaúcho foi modificada pelas cheias dos rios que deságuam no Guaíba e da Lagoa dos Patos.

Nas últimas horas, a situação no Sul do Rio Grande do Sul se agravou consideravelmente. A Lagoa dos Patos atingiu níveis recordes devido ao grande volume de água dos rios das regiões Central e Norte do estado, além do Rio Camaquã.

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Segundo informações da Prefeitura de Rio Grande, na manhã desta quinta-feira, o nível da Lagoa dos Patos no CCMAR (TideSat) era de 2,71 metros, 81 centímetros acima do nível do cais.

Na mesma área, o Canal São Gonçalo, em Pelotas, alcançou a marca de 3,00 metros no início da manhã de hoje, com uma elevação de mais de 20 centímetros desde ontem, intensificando as inundações.

Na noite de quarta-feira, o Canal São Gonçalo ultrapassou a cota máxima registrada na enchente de 1941, chegando a 2,89 metros e continuando a subir até alcançar 3,00 metros durante a madrugada.

Enchentes no RS: cheia histórica muda mapa do estado
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A MetSul Meteorologia já havia previsto que a grande inundação no Canal São Gonçalo faria com que as lagoas Mirim e dos Patos aparentassem estar unidas nas imagens de satélite, o que de fato ocorreu.

O rápido agravamento das enchentes não foi inesperado. Entre segunda e terça-feira, fortes ventos do quadrante Sul impediram a vazão das águas, mas quando os ventos mudaram, a grande quantidade de água voltou a descer para as áreas da margem Sul da lagoa.

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Embora as enchentes estejam próximas do pico nas cidades do Sul do estado, os níveis devem variar nos próximos dias conforme a direção e velocidade dos ventos, alternando entre melhorias e pioras na situação.

A cheia deverá persistir por várias semanas, pois o nível do Guaíba em Porto Alegre, mesmo baixando, continua extremamente elevado.

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