Escola perde praticamente tudo após água atingir 1,87 de altura em suas dependências em Caraá
A Escola Estadual de Ensino Médio Marçal Ramos, localizada em Caraá, perdeu quase tudo após a passagem do ciclone extratropical no estado.
Pouca coisa se salvou da enxurrada que tomou a instituição, fundada há 92 anos, e a única escola de ensino médio do município.
A equipe agora une esforços para a recuperar os bens perdidos.
A água atingiu a 1,87 de altura nas dependências da escola, fundada há quase 100 anos e que atende mais de 400 estudantes no município.
No total, cinco pessoas morreram na tragédia, na cidade.
Para Jornal do Almoço, da RBS TV, a professora de matemática e vice-diretora da escola, Juliana Reis, comentou que a instituição não tem prazo para o retorno das aulas.
A gente ficou, praticamente, com o quadro que é de vidro, que ficou na parede, alguma coisa de documentação, histórico de alunos, de algumas letras a gente ainda tem.
Mas o restante a escola vai ter que começar do zero,” afirma a professora.
No momento na enchente, não havia ninguém pois os alunos tinham sido suspensos às 17h de quinta, em função do alerta de enchente.
A água atingiu cerca de 1,87 metro nas paredes.
Segundo a diretora da escola, Juliana Souza de Oliveira, todos os itens eletrônicos, como notebooks e computadores, além de geladeiras e até o fogão industrial ficou por muito tempo embaixo d’água.
A comunidade escolar está unida em busca de uma recuperação. “Muita gente querendo ajudar. Isso tem sido uma esperança. Todos dizem que ficará ainda melhor, só me resta acreditar. Mas de tudo o que é mais doído é não ter nossos alunos aqui. E saber que parte deles estão vivendo essa tragédia e não podem contar conosco”, lamenta.
Brigada Militar remove lama e ajuda a reorganizar escola em Caraá
O Comando Regional de Policiamento Ostensivo do Litoral (CRPO Litoral) destinou 30 policiais militares para realizar a limpeza da Escola Estadual de Ensino Fundamental Marçal Ramos, em Caraá.
O estabelecimento de ensino é o único da rede estadual existente no município e foi completamente atingido pelas cheias provocadas pelo ciclone extratropical na última semana.
Os PMs removeram lama e destroços acumulados pelas águas e auxiliaram os professores na reorganização do interior do prédio.
Segundo a 11ª Coordenadoria Regional de Educação, o terreno tem 4.600m² de área, o prédio apresenta 2.700m² de área construída e a escola atende 420 alunos.
A ação da Brigada Militar vai proporcionar que a escola retome as aulas o quanto antes.
O mutirão de limpeza para a recuperação imediata da escola foi uma iniciativa do Comando-Geral da Brigada Militar como mais uma forma de apoio da Corporação à comunidade de Caraá, fortemente afetada pelo ciclone.
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