Vida & Saúde

Especialista diz que meninos também devem ser vacinados contra HPV

vbgbbgO presidente da Sociedade Brasileira de Doenças Sexualmente Transmissíveis (SBDST), Mauro Romero, defendeu hoje (23) que também os meninos sejam vacinados contra o HPV, que é um vírus transmitido pelo contato com a pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual, atualmente um dos principais responsáveis pelo câncer de colo de útero em mulheres.

A SBDST promove, de hoje (23) até sábado (25) a sexta edição do Simpósio Brasileiro de Papilomavirose Humana – HPV in Rio 2015. O evento é voltado para a comunidade médica e aborda a necessidade da vacinação universal, de meninos e meninas, além da importância do diagnóstico e tratamento de pessoas com doenças causadas pelo HPV, entre as quais verrugas buco-anogenitais, cânceres de pênis, ânus, cabeça, pescoço e esôfago.

“Falar na televisão não resolve o problema. É preciso que a população tenha um bom volume de informações corretas sobre prevenção de HPV e da carga de doenças para poder ter um bom entendimento sobre como fazer profilaxia, prevenção, diagnóstico e tratamento”, disse Mauro Romero, também professor do Setor de DST da UFF.

Segundo ele, existe um volume grande de informação sobre HPV e sua ligação com o câncer de colo de útero. Mas como o HPV é uma família de vírus, que causa verrugas genitais, na boca e no ânus, tanto em homens como em mulheres, o especialista recomendou que o modelo de comunicação sobre HPV deve ser mais abrangente.

O médico deixa claro que os itens de prevenção se somam, “não se excluem”. Ele avalia que a primeira dose da vacinação contra HPV para meninas entre 9 e 13 anos foi importante e ultrapassou 100% da meta, mas a segunda dose está baixa, devido a um problema de comunicação. A vacina está nos postos e deve ser aplicada em meninas e também em meninos, afirma.

O HPV foi reconhecido pelo governo como um problema de saúde pública. Como é um vírus de pele de mucosa, ele é transmissível por sexo oral. Com o contato direto com a área infectada, “a transmissibilidade acontece”.

Questões como a multiplicidade ou troca de parceiros e o uso inconstante da camisinha, tornam as pessoas vulneráveis ao HPV e às doenças decorrentes desse vírus. Mauro Romero sugere que o tema seja trabalhado de forma ampla, para toda a sociedade, e não para um segmento específico, já que “todos nós temos problemas de vulnerabilidade”.

Agência Brasil

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