Vida & Saúde

Especialistas propõem novos critérios para diagnóstico de Alzheimer

Um grupo internacional de especialistas está propondo a renovação dos critérios atuais para diagnosticar o Mal de Alzheimer. Os pesquisadores alegam que a análise usada já se tornou obsoleta, pois foi estabelecida em 1984, antes dos grandes avanços médicos em relação à doença.

A proposta, divulgada pela revista médica britânica The Lancet Neurology em sua edição da internet, vem junto com as alternativas que esses cientistas oferecem para diagnosticar a doença. O grupo é liderado pelo francês Bruno Dubois, do Hospital Salpêtriére de Paris.

Segundo os especialistas, para determinar se um caso é de Alzheimer, o paciente deve mostrar uma perda progressiva de memória durante mais de seis meses, assim como um ou mais dos critérios que eles chamam de “marcas biológicas de apoio”.

Entre estas marcas estão a atrofia de uma parte do cérebro, sinais biológicos anormais nas proteínas do fluido cérebro-espinhal e uma mutação genética que tenha levado ao desenvolvimento do Mal de Alzheimer em algum parente próximo.

– Estes novos critérios são baseados em um núcleo clínico de episódios de incapacidade memorial importantes. O desenvolvimento dos novos remédios que buscam mudar a origem da doença destacam a ausência de uma ordem temporal nesses critérios – e que se manifestam cedo, afirmam os especialistas na revista.

Segundo os cientistas, “os critérios propostos estão longe do tradicional diagnóstico de dois passos, no qual primeiro se identifica a demência segundo um grau de incapacidade funcional e, depois, especifica-se a causa que o motiva”.

Para os especialistas, os novos critérios ajudarão a definir a presença clínica, bioquímica, estrutural e metabólica do Mal de Alzheimer, e se tornarão necessários com o surgimento de novos remédios que modifiquem a doença.

No entanto, afirmam, ainda é preciso se aprofundar mais no estudo destes critérios para conseguir mais precisão.

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