Esquecemos dos sofrimentos das pessoas – Erner Machado
Nos intervalos de meus dias e de minhas noites, nos quais dedico-me a reflexões pessoais, de todas as ordens, tenho chegado a conclusões que me ajudam a fortificar minhas convicções sobre o mundo em que estou inserido e sobre as pessoas que compartilham, comigo, o momento atual de minha existência.
Algumas desta conclusões, por serem terríveis as guardo no foro íntimo para que, delas, somente eu seja conhecedor e fiel depositário.
Outras por serem publicáveis, mesmo que doídas, eu me atrevo a trazê-las a público para compartilhar com meus sete ou oito leitores e proporcionar um debate responsável que possa trazer luzes às minhas constatações.
A conclusão objeto do texto de hoje é que :
NÓS NOS ESQUECEMOS DO SOFRIMENTO DAS PESSOAS!
Pode parecer uma posição muito pessimista e insustentável mas, se nós tivéssemos alguma consideração pelo sofrimento das pessoas, a nível coletivo e individual, como poderiam haver tantas guerras onde perdem a vida milhares de pessoas ?
Como poderia haver, no mundo , bilhões de pessoas que não tem acesso ao trabalho, à comida, à uma vestimenta decente, à saúde, ao saneamento básico mínimo, o que as leva a uma vida pior do que os seres irracionais ?
Como poderia a televisão mostrar, ao vivo , pessoas sendo mortas , degoladas, por carrascos sanguinários, em nome de uma ideologia ou de uma crença, sem processo legal que lhe garantisse o direito de defesa?
Como podem acontecer, no Brasil, sessenta mil assassinatos por ano ?
Como poderiam um pai, uma mãe e um filho , em plena Capital Gaúcha serem assassinados pelas balas disparadas pela mão de um celerado, e frio assassino, em decorrência de uma incidente de trânsito ?
Como poderiam, um pai, uma mãe um filho, serem torturados e mortos e terem seus corpos carbonizados, dentro de um carro, no ABC Paulista ?
Como poderia um crime desta natureza ser cometido pela filha do Casal e irmã do menino morto ?
Como pode um crime desta natureza ser cometido por um ser humano, sangue do sangue dos mortos, em conluio e parceria com sua namorada “ sic” e com mais três ou quatro facínoras?
Finalizando se, meus possíveis leitores, acharem uma justificativa para uma das premissas acima mencionadas eu reconsidero as minhas constatações e volto a acreditar que nós, humanos deste tempo e deste mundo, não esquecemos os sofrimentos de nossos irmãos.
Mas acho, de sã consciência, que não haverá justificativas.
Erner Antonio Freitas Machado
Consultoria Financeira e Imobiliária
www.ernermachadoimoveis.com.br