Esquema milionário de cigarros ilegais é desarticulado no RS
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Esquema milionário de cigarros ilegais é desarticulado no RS

Rio Grande do Sul: A fábrica clandestina de cigarros em Agudo foi alvo de uma grande operação da Polícia Civil, conduzida pela Delegacia Regional de Santa Maria e pelo Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc).

A ação desarticulou um esquema milionário de produção ilegal de cigarros no Rio Grande do Sul, resultando na prisão de nove pessoas e na apreensão de equipamentos, insumos e maços de cigarros contrabandeados.

A operação ocorreu em uma propriedade rural na localidade de Porto Alves, em Agudo, onde funcionava a fábrica clandestina.

Foram recolhidos maquinários para fabricação de cigarros, tabaco triturado, filtros e embalagens de marcas do Brasil e Paraguai.

O Instituto-Geral de Perícias constatou que a linha de produção estava ativa e documentou todas as etapas, desde o corte dos filtros até a embalagem final em caixas de papelão, cada uma contendo 50 pacotes.

Segundo a investigação, a fábrica operava há cerca de dois anos, com capacidade para produzir 300 caixas por dia, equivalente a 150 mil maços.

No mercado ilegal, o faturamento diário chegava a R$ 300 mil. O esquema criminoso, além de estar vinculado ao tráfico de drogas, utilizava uma empresa de fachada sediada em São Borja para encobrir suas atividades.

De acordo com os delegados Sandro Meinerz e Alencar Carraro, o esquema criminoso aproveitava a localização estratégica de Agudo para facilitar o escoamento da produção por rodovias.

As organizações também se beneficiavam da abundância de tabaco no estado, intensificando o lucro da atividade ilícita.

A operação revelou ainda que a produção ilegal de cigarros estava integrada a uma organização criminosa que atua na zona sul do estado, expandindo suas atividades para a Região Central.

Além do tráfico de drogas, o grupo distribuía os cigarros para diferentes regiões do Rio Grande do Sul, gerando graves impactos econômicos e sociais.

Os delegados enfatizaram os riscos à saúde pública, já que os cigarros não possuem controle sanitário e podem ser extremamente nocivos.

Eles também alertaram para as consequências do envolvimento do tráfico de drogas, que amplia a violência associada ao mercado clandestino.

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