Estados Unidos e França admitem discutir proposta russa
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ainda não se pronunciou sobre o discurso do governo sírio, mas o secretário de Estado, John Kerry, disse que o país espera para o ver um plano “real e verificável” para a remoção de armas químicas da Síria.
“Estamos esperando por essa proposta, mas não vamos esperar muito”, advertiu, ao falar em uma audiência. Segundo ele, o governo americano quer evitar que o anúncio seja uma tática “protelatória”.
Apesar de ter dito que os Estados Unidos poderia esperar antes de atacar a Síria, John Kerry não descartou a ação militar, sob o argumento de eliminar a alegada capacidade do governo sírio de obter armas químicas.
“Nós não queremos ações militares, não foi isso que Obama escolheu, mas se o regime de Bashar Al Assad continua usando armas químicas, cremos que deveríamos lhe dar uma lição. Estamos falando de ameaças reais para países como Israel, Líbano e Jordânia”, comentou Kerry.
O ministro francês de Negócios Estrangeiros, Laurent Fabius, também comentou a intenção do governo sírio, dizendo que a França pretende apresentar uma resolução ao Conselho de Segurança da ONU com base na proposta russa. A ideia é forçar a Síria a esclarecer as informações sobre seu programa de armas químicas e fazer com que aceite o controle internacional do arsenal.
Antes do anúncio do governo sírio, o presidente Barack Obama havia dito que mantinha a intenção de pedir autorização ao Congresso norte-americano para uma ação militar.
A oposição síria também opinou sobre a promessa do governo de colocar seu arsenal químico sob controle internacional. Para os opositores, o discurso do governo sírio foi uma “manobra política” para evitar ataques militares ao país.