Estados Unidos retiram embargo à carne processada brasileira
No final de maio, detectou-se um lote de carne brasileira termoprocessada embarcado para os Estados Unidos com o vermífugo ivermectina acima do limite estabelecido, o que levou à suspensão das exportações para aquele mercado. Desde então, algumas missões brasileiras foram aos Estados Unidos para entender como era feita análise de resíduo do medicamento na carne, assim como missões americanas vieram ao Brasil para visitar frigoríficos e avaliar a auditoria feita pelas autoridades sanitárias nacionais.
Um plano de ação, elaborado em julho pelo governo federal e por empresas privadas, também foi posto em prática para evitar novas falhas. O plano estabeleceu que os frigoríficos devem selecionar os fornecedores de carne que respeitem o período de carência entre a aplicação do vermífugo e o abate dos animais, causa mais provável do problema verificado pelas autoridades sanitárias norte-americanas.
Segundo o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Mapa, Nelmon Costa, as missões norte-americanas verificaram a preocupação do Brasil em escolher os fornecedores e o cuidado dos produtores rurais em respeitar o prazo de carência. Além disso, o governo brasileiro decidiu adotar a mesma metodologia aplicada pelos norte-americanos para avaliar o nível de ivermectina, a partir do exame no músculo do animal.
O Mapa informou hoje (24) que serão autorizados a exportar, em princípio, apenas 12 frigoríficos, localizados em Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, no Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul. Em 2009, foram vendidas para o mercado norte-americano 43,2 mil tonaladas de carne bovina termoprocessada, o que representou uma receita de US$ 223,1 milhões.