Estou grávida do segundo filho, o primeiro vai ter ciúmes? Como devo proceder? Por Talita Bitencourt Gomes

11057241_648304698603359_501196924166982737_nO nascimento de uma criança caracteriza mudanças na rotina de todos os membros da família e, frequentemente, essas mudanças comportamentais desencadeiam alterações emocionais nos membros dela pertencentes. Pesquisas e dados clínicos mostram que os impactos mais acentuados estão centrados no primogênito -1º filho (a).

Com o nascimento do irmão (a) o ambiente social do primogênito passa por inúmeras modificações, alterando a dinâmica familiar até o momento existente. Além disso, o novo integrante da família possui poucas habilidades de interação com o primogênito. Ou seja, na visão do primeiro filho (a), uma nova criança chegou, alterou a rotina, não interage com ele e ganha atenção de todos.

As primeiras pesquisas sistematizadas que focaram o tema de adaptação do primogênito com a chegada de um irmão, datam da década de 1980 e mostram que é comum sentimentos de desapontamento, propensão ao choro e comportamentos imitativos ao do bebe. Em 2010 Oliveira e Lopes, destacaram que é comum a presença desses comportamentos regressivos e que, geralmente, as crianças possuem capacidade de encontrar seu equilíbrio novamente e se reorganizar emocionalmente com o passar do tempo.

Stewart, em 1987 já destacava em suas pesquisas que as crianças apresentavam sentimentos de aflição, antes mesmo da chegada do irmão, durante o período gestacional. Neste sentido, é importante destacar que podem acontecer quadros de agressividade, de irritação, choro, entre outras mudanças comportamentais e emocionais e isso não significa que futuramente ambos não terão um bom relacionamento ou que o primogênito não conseguirá superar ou se desenvolver saudavelmente.

As crianças tem capacidade emocional para se recompor. É necessário que a família mantenha – o que for possível dos seus hábitos – e garanta atenção e momentos de brincadeiras com o primogênito, buscando valorizar os períodos com ele sozinho e, também, momentos com o irmão (a).

Quando percebe-se que a qualidade de vida da criança está sofrendo prejuízo significativo deve-se procurar auxílio psicológico. Em alguns casos é indicado psicoterapia a criança e, em outros, basta algumas sessões com orientações aos pais. Na dúvida, procure um psicólogo e garanta a saúde mental e emocional da sua família.

Talita Bitencourt Gomes
talitabgomes@hotmail.com
Psicóloga CRP 07/24836
Realiza Atendimento clínico / psicoterapia com: Crianças, Adolescentes, Adultos, Casais e Idosos.
Atendimento clínico: Personal Med, Osório. (51) 3148 0101

 

Comentários

Comentários