Educação

Estudante do Campus Osório é a nova premiada Jovem Cientista do Brasil

Estudante do Campus Osório é a nova premiada Jovem Cientista do Brasil
Profª Flavia e estudante Juliana

O descarte e o desperdício de cascas de maracujá talvez não chamem tanto a atenção. O que não é o caso para uma mente ligada em ciências, como a da Juliana Davoglio Estradioto, estudante do 4º ano do curso Técnico em Administração Integrado ao Ensino Médio do IFRS – Campus Osório. Ela é 1ª lugar no Prêmio Jovem Cientista com o trabalho Desenvolvimento de Filme Plástico Biodegradável a partir da Fibra Residual do Maracujá, orientado pela professora Flávia Santos Twardowski Pinto. A pesquisa vem ao encontro da temática “Inovações para Conservação da Natureza e Transformação Social” da 29ª edição da premiação promovida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Estudante do Campus Osório é a nova premiada Jovem Cientista do Brasil
Divulgação/Mostratec Fundação Liberato

Com 17 anos de idade, Juliana conquistou o título na categoria Estudante do Ensino Médio e receberá uma bolsa de Iniciação Científica. Os premiados foram divulgados na manhã deste dia 30 de outubro de 2018. No evento, Juliana, com um sorriso e olhos emocionados, dedicou o primeiro lugar à “sua irmã mais velha” – como brincaram os apresentadores da premiação – a professora Flávia. “Muito legal falar desse projeto. É meu primeiro contato com a ciência. Eu identifiquei esse problema do desperdício e descarte das cascas de maracujá, após a produção de sucos e geleias, na região onde moro. Foi graças ao contato com minha orientadora que eu descobri esse mundo da ciência, uma jornada de descobertas através da pesquisa.”

A estudante também comentou a importância do incentivo à ciência e à pesquisa aos estudantes de Ensino Médio: “A gente vê muitos cientistas antigos em aula, como Einsten e Newton. Mas ninguém da nossa idade. É muito importante um prêmio destes para incentivar gente da nossa idade.”

Sobre a pesquisa

Juliana fez um protótipo de plástico biodegradável para armazenar mudas de plantas, utilizando a casca do maracujá, que representa 70% do total do fruto. A inovação reduz a poluição causada pelos sacos plásticos convencionais, se decompõe em 20 dias e não precisa ser retirada no momento do plantio. “Seria uma forma de reduzir consideravelmente o consumo dos tradicionais saquinhos plásticos pretos, utilizados em grande escala pelos agricultores e floriculturas” – explica a jovem. Sua pesquisa já foi premiada em eventos nacionais e internacionais, como Intel ISEF (2017), Genius Olympiad (2018), Mostratec (2018).

Prêmio Jovem Cientista

A iniciativa visa revelar talentos, impulsionar a pesquisa no país e investir em estudantes e jovens pesquisadores que procuram inovar na solução dos desafios da sociedade. Instituído em 1981, o prêmio é promovido pelo CNPq, a primeira instituição federal de fomento à ciência, tecnologia e inovação e pioneira na concessão de prêmios no Brasil.

Em dezembro, os jovens cientistas receberão as honrarias pela premiação no Palácio do Planalto.

Gabriela Morél

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