Estudantes manifestam apoio a reforma do Ensino Médio e criticam a greve
Em seu pronunciamento de abertura Azevedo falou sobre os avanços que o Governo do Estado está fazendo na Educação e completou: “São 40 anos de desmonte e agora temos uma gestão que coloca a Educação como prioridade. Não vamos conseguir resolver tudo imediatamente. Para superar os problemas de meio século precisamos de quatro anos. Quero voltar aqui em 3 anos e prestar contas de como era e como ficou a Educação gaúcha”.
O presidente da UGES, Thalysson Silva, falou sobre as decisões políticas das últimas décadas que levaram a desestruturação da Educação gaúcha e brasileira e defendeu as mudanças no Ensino Médio. “Não podemos permitir que o Ensino Médio continue como está, sem perspectiva e sem identidade”, afirmou.
Após o ato de abertura, o secretário apresentou um painel sobre a proposta de reestruturação curricular do Ensino Médio. Na ocasião, ressaltou que os índices de abandono e repetência, de aproximadamente 40%, precisam ser superados.
Além disso, argumentou que a reestruturação deve aproximar os alunos do currículo para que possam visualizar uma identidade com o que estão aprendendo. Após, Azevedo respondeu aos questionamentos e dúvidas de estudantes de todas as regiões do Estado. E reafirmou que não haverá diminuição de carga horária, pelo contrário, deve aumentar passando de 2.400 horas para 3 mil horas.
O secretário também ouviu manifestações de apoio a reestruturação curricular e críticas a greve proposta pela direção do Cpers e decidida em assembleia na sexta-feira (18). “Convido vocês a darem continuidade a essa mobilização e a participarem das conferências que estão acontecendo para debater a nossa proposta. Não acreditem nas inverdades daqueles que não querem as mudanças. Estaremos sempre à disposição para o diálogo e o debate e vamos respeitar a realidade e a história de cada escola”, finalizou.
Cerca de 600 estudantes das 28 regionais da UGES participaram do Congresso. Também presentes o presidente da Assembleia Legislativa, Adão Villaverde, o deputado estadual Raul Carrion, e o vereador de Porto Alegre, Toni Proença.