TORRES, RS, BRASIL, Praia da Guarita. Foto Eduardo Seidl/Palácio Piratini
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Estudo aponta risco geológico em áreas turísticas do Litoral Norte do RS

O Serviço Geológico do Brasil (SGB) identificou riscos geológicos em áreas turísticas do Litoral Norte do Rio Grande do Sul, incluindo o Parque Estadual José Lutzenberger, conhecido como Parque da Guarita, em Torres, e o Caminho da Santinha, na Praia da Cal.

A análise faz parte do projeto “Avaliações Geotécnicas em Atrativos Geoturísticos”, que busca mapear e prevenir acidentes em regiões de grande visitação.

Parque da Guarita: análise detalhada de pontos críticos

A pedido da prefeitura de Torres, o SGB mapeou toda a área do Parque da Guarita, identificando sete locais críticos, como a Torre Sul, Torre da Guarita (Sentinela), Bico do Luiz, Furna do Diamante, Saltinho, Portão e a Trilha Verde.

Segundo o pesquisador em geociências Anselmo Pedrazzi, os perigos incluem tombamento de colunas rochosas, queda e rolamento de blocos, desplacamento de rochas e deslizamentos.

Duas áreas, a Torre da Guarita e a Torre do Farol, apresentam grau de perigo “muito alto” (P4), enquanto as demais foram classificadas com risco “alto” (P3).

Entre as recomendações, destaca-se a remoção de uma laje de concreto deteriorada na face leste da Torre da Guarita, considerada com risco iminente de colapso.

Informação e segurança para os visitantes

De acordo com Pedrazzi, manter o acesso às áreas turísticas é viável, desde que medidas de segurança sejam implementadas. Além disso, é fundamental informar os turistas sobre os perigos existentes.

“As pessoas têm o direito de saber o grau de perigo a que estão expostas”, ressaltou.

Análises em outros estados brasileiros

O SGB expandiu o monitoramento após o desabamento nos Cânions de Capitólio (MG), em janeiro de 2022. Além do Rio Grande do Sul, áreas turísticas em Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Sergipe também passaram por avaliações geotécnicas.

Locais como Fernando de Noronha (PE), Jericoacoara (CE) e Serra da Canastra (MG) estão entre os analisados.

As informações obtidas serão compiladas em um relatório que visa orientar gestores locais na prevenção de acidentes geológicos e na preservação do patrimônio natural.

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