Estudo revela desafios na qualidade das sementes forrageiras no RS
Um estudo realizado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação do Rio Grande do Sul, em parceria com a Emater/RS-Ascar e a Associação dos Produtores e Comerciantes de Sementes e Mudas do Rio Grande do Sul (Apassul), sobre as espécies forrageiras de clima temperado tem como objetivo auxiliar no aumento da competitividade do estado.
As espécies forrageiras são importantes não apenas na alimentação animal, mas também como cobertura do solo, contribuindo para o controle de plantas daninhas, uso eficiente da água, ciclagem de nutrientes e melhoria do desempenho de culturas sucessoras, como soja, milho e arroz, além de potencializar a produção de carne e leite.
Durante o estudo, foram coletadas amostras de sementes de Azevém, Aveia preta e Aveia branca em todas as regiões do estado, nas safras 2021/2022.
Os resultados indicaram que menos de 32% das amostras atendiam aos padrões de qualidade estabelecidos pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o que evidencia o predomínio do uso de sementes não certificadas no estado. Isso traz dificuldades ao produtor, especialmente em relação à pureza dos materiais.
Diante desses resultados, o estudo destaca a importância de ações que incentivem a adoção de materiais de qualidade superior, visando promover as atividades agrícolas que utilizam essas espécies e estimular o setor sementeiro brasileiro a investir na produção de sementes de elevada qualidade e com genética garantida. Essas ações são fundamentais para impulsionar a competitividade do estado no setor agrícola.
Objetivo:
- Aumentar a competitividade da pecuária gaúcha.
- Melhorar a qualidade das pastagens e a produtividade animal.
- Incentivar o uso de sementes forrageiras de alta qualidade.
Panorama da forragicultura no RS:
- 6,5 milhões de hectares cobertos por forrageiras em lavouras anuais.
- Menos de 10% das áreas utilizam sementes certificadas.
- Prevalência do uso de sementes forrageiras não certificadas.
- Menos de 32% das amostras de sementes analisadas atenderam aos padrões de qualidade do Mapa.
Consequências do uso de sementes de baixa qualidade:
- Baixa produtividade das pastagens.
- Dificuldades no controle de plantas daninhas.
- Maior infestação de pragas e doenças.
- Prejuízos para os produtores.
Recomendações do estudo:
- Adoção de materiais de qualidade superior.
- Incentivo à produção e uso de sementes certificadas.
- Investimento em pesquisa e desenvolvimento de novas cultivares.
- Capacitação dos produtores sobre o manejo de pastagens e a importância da qualidade das sementes.
Benefícios do uso de sementes de alta qualidade:
- Aumento da produtividade das pastagens.
- Melhor qualidade da carne e do leite.
- Redução dos custos de produção.
- Maior sustentabilidade ambiental.
Ações para o futuro:
- Parcerias entre governo, setor privado e entidades de pesquisa.
- Implementação de políticas públicas de incentivo à produção e uso de sementes forrageiras de alta qualidade.
- Promoção de dias de campo, workshops e outras ações de capacitação para os produtores.